Na segunda-feira da semana passada (16), os grandes bancos do país lançaram uma ação conjunta visando diminuir o impacto do coronavírus na economia. A ação anunciada permitiria aos clientes, com empréstimos junto às instituições, a possibilidade de adiamento em até 60 dias o pagamento das parcelas.
Contudo, como noticiado pela UOL, diversos correntistas relataram problemas ao tentar se beneficiar da nova medida. Segundo os clientes, muitos dos canais de atendimento com as instituições financeiras não funcionam, enquanto em outros, há falta de informação sobre os benefícios.
Enquanto isso, os correntistas que conseguem contato com algum dos funcionários dessas empresas apontam que a medida na verdade consiste em uma renegociação da dívida. Em diversos casos, os juros acrescidos pela renegociação chegam a aumentar 2,5 vezes.
Especialistas em assuntos financeiros alertam aos clientes para que tenham cuidado em aderirem ao adiamento das parcelas. Segundo Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o correntista deve estar atento à cobrança de juros referentes ao período da suspensão. Para ela, o correto seria o consumidor não assumir tais taxas.
Entretanto, após a repercussão dos problemas que a ação conjunta dos bancos trouxe, essas instituições têm emitido notas esclarecendo algumas dúvidas. De fato, todos os bancos reafirmaram que apesar do desencontro de informação, a prorrogação do pagamento das parcelas está disponíveis para todos os clientes. Contudo, os bancos admitem que apesar do benefício não acarretar nenhuma multa aos correntistas, ele trará incidência de juros.