O banco dinamarquês, Danske Bank, foi pego recentemente envolvido em um escândalo trilionário de lavagem de dinheiro, envolvendo sua filial na Estônia e fundos vindos de diversas partes do mundo. O banco, que tem sua sede em Copenhague, é acusado de enviar cerca de 223 bilhões de dólares em pagamentos suspeitos.
O relatório divulgado pela Bloomberg, nesta semana, revelou que a filial da Estônia permitiu que uma lista de clientes seletos convertessem dinheiro em barras ou moedas de ouro driblando as diretrizes da AML (Anti-Money Laundry), possibilitando a evasão fiscal de centenas de milhares de dólares.
O banco dinamarquês cobrava taxas de acordo com o volume do pedido. Pedidos grandes eram taxados em 0,5% do valor, enquanto valores menores chegavam a ter taxas de até 4%.
O esquema de lavagem de dinheiro do Danske Bank já é considerado “o maior escândalo de todos os tempos da Europa”, visto que o banco lavou fundos da Rússia, Letônia, Chipre, Reino Unido, China, Suíça e Turquia.
A filial da Estônia ainda administrava fundos de Vladimir Putin, Presidente da Rússia, seu primo, Igor Putin, e inclusive o Serviço de Segurança Russo (FSB), conforme divulgado pela Autoridade de Supervisão Financeira da
Estônia.
O problema não está nas criptomoedas
Apesar da insistente tentativa de governos, sobre todos o americano, de vincular as criptomoedas à atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento de atividades terroristas ou ilegais, a verdade é que essas atividades sempre existiram. E o sistema financeiro comum sempre foi um pivô ativo para execução de tais práticas, desenvolvendo meios de burlar as ferramentas internacionais de combate à atividades financeiras ilegais, como KYC e AML.
O escândalo do Danske Bank também evidencia que enquanto governos se movem para tentar regular e aplicar ferramentas de controle que descaracterizam a natureza das criptomoedas sob pretexto de coibir a lavagem de dinheiro e possível financiamento terroristas, não são raros os casos de lavagem de dinheiro em que há o envolvimento de empresas do setor bancário e financeiro.
Fica claro ao analisar os fatos que os governos não estão interessados em frear a lavagem de dinheiro internacional, mas sim barrar a evolução que as criptomoedas podem trazer para milhares de pessoas que vivem como reféns de um sistema financeiro injusto, estão preocupados que o entendimento de autopropriedade individual e que ideais de soberania econômica alcancem a massa.