- Bancos avançam e testam stablecoin diretamente na Stellar.
- U.S. Bank destaca segurança e controle em transações tokenizadas.
- Stablecoins crescem rápido e chamam atenção de reguladores globais.
Os Estados Unidos deram um passo importante na corrida global pela digitalização do dinheiro. Grandes instituições financeiras passaram a testar a emissão de stablecoins diretamente na rede Stellar, em um movimento que sinaliza a entrada definitiva dos bancos na era da tokenização. O avanço foi revelado durante o podcast “The Tokenized Future of Banking”, do U.S. Bank, que discutiu como o setor está migrando para modelos baseados em ativos digitais programáveis.
O U.S. Bank confirmou que iniciou testes de emissão de stablecoins personalizadas usando a infraestrutura da Stellar. Assim, esse piloto representa uma das iniciativas mais ousadas já adotadas por um banco americano para explorar dinheiro digital com recursos de compliance embutidos, algo considerado essencial para o setor bancário.
A escolha pela Stellar não ocorreu por acaso. De acordo com o vice-presidente sênior Mike Villano, a segurança, controle e capacidade de desfazer operações são requisitos centrais quando se trata de tokenizar ativos financeiros. “Precisamos pensar em proteções como KYC, possibilidade de reverter transações e mecanismos de clawback”, afirmou. Ele destacou que a Stellar oferece esses controles diretamente em sua camada operacional, permitindo congelar ativos e desfazer transações sem comprometer a integridade da rede.
Bancos testam stablecoin
Além disso, a Stellar argumenta que foi construída desde o início para emitir ativos e mover dinheiro em escala. A rede opera com um tempo de liquidação entre três e cinco segundos e mantém mais de 99,99% de disponibilidade há mais de uma década. As tarifas também são extremamente baixas, custando apenas uma fração de centavo por operação, o que reduz custos e facilita a adoção institucional.
Além disso, a iniciativa reforça a confiança no ecossistema Stellar. José Fernández da Ponte, presidente da Stellar Development Foundation, afirmou que instituições financeiras exigem confiabilidade de nível crítico, algo que a rede se esforça para entregar desde sua criação. Assim, ele destacou que trabalhar com bancos exige estabilidade contínua e total transparência, fatores que reforçam a escolha do U.S. Bank.
Assim, a discussão sobre stablecoins não está restrita aos Estados Unidos. Na Europa, o Banco Central Europeu alertou para os riscos crescentes ligados à rápida expansão desses ativos. Em relatório recente, o BCE afirmou que o mercado de stablecoins ultrapassou US$ 280 bilhões, atingindo recorde histórico e representando 8% do mercado cripto global. As duas maiores stablecoins, USDT e USDC, dominam quase todo o setor, com capitalizações de US$ 184 bilhões e US$ 75 bilhões, respectivamente.


