Familiares de reféns e vítimas do Hamas em Israel moveram uma ação judicial contra a exchange de criptomoedas Binance, alegando que a plataforma teve participação no processamento de transações relacionadas ao grupo terrorista e outras entidades semelhantes atuantes na região.
A petição foi protocolada no Tribunal do Distrito Sul de Nova York, representando cidadãos dos Estados Unidos afetados por atos terroristas perpetrados pelo Hamas e outros grupos extremistas em Israel, no dia 7 de outubro de 2023.
Nesta quarta-feira, Judith Raana protocolou uma ação na corte federal de Manhattan. Ela, juntamente com sua filha, foi libertada em 20 de outubro. O processo visa a exchange de ativos digitais, o Irã e a Síria, em relação aos homicídios cometidos pelo Hamas.
Processo contra a Binance
Essas alegações do suposto envolvimento da Binance com o Hamas surgiram durante uma investigação minuciosa sobre a maior plataforma de criptomoedas do mundo. As alegações levaram a Binance a admitir responsabilidade por violar sanções e leis de combate à lavagem de dinheiro.
Além disso, essa violação permitiu que entidades como o Hamas burlassem as regulamentações bancárias dos Estados Unidos.
Como parte das consequências, a Binance concordou em pagar uma multa criminal de US$ 1,8 bilhão e a abrir mão de US$ 2,5 bilhões. Além disso, o ex-CEO, Changpeng Zhao, está aguardando sentença por violação das leis bancárias.
As alegações do governo no caso da Binance sugerem que as Brigadas al-Qassam, o braço militar do Hamas, usaram transações de Bitcoin para angariar fundos para a resistência palestina. A Binance admitiu que indivíduos no Irã realizaram mais de 1,1 milhão de transações, totalizando US$ 899 milhões, violando as sanções dos Estados Unidos.