- BlackRock impulsiona Ethereum com compras recordes em 2025.
- ETH ganha espaço institucional e pode buscar US$ 5 mil.
- Rotação estratégica reforça adoção do Ethereum no mercado global.
A movimentação recente da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, chamou a atenção do mercado de criptomoedas. Dados on-chain revelam que a empresa comprou Ethereum (ETH) sete vezes mais rápido do que Bitcoin (BTC) em 2025. Esse ritmo de acumulação inédita reacendeu a discussão sobre o futuro do ETH e abriu espaço para projeções que apontam para a casa dos US$ 5 mil.
Em 1º de janeiro de 2025, a BlackRock detinha 552.550 BTC, avaliados em cerca de US$ 51,1 bilhões, e pouco mais de 1,07 milhão de ETH, avaliados em US$ 3,5 bilhões. No entanto, até 2 de setembro, o cenário mudou de forma significativa. A carteira monitorada pelo Arkham Intelligence mostrava 737.350 BTC, avaliados em US$ 79,8 bilhões, e impressionantes 3,78 milhões de ETH, avaliados em US$ 16,5 bilhões.
O salto de +184,8 mil BTC representou um crescimento de 33,44% em nove meses. Já no caso do Ethereum, o aumento foi ainda mais expressivo: +2,71 milhões de unidades, uma valorização de 252,55% em termos de volume. Em proporção, a BlackRock acelerou a compra de ETH a uma taxa 7,6 vezes maior que a de Bitcoin.
Esse ritmo de compras não pode ser explicado apenas pela alta dos preços. O BTC valorizou +16,97% no período, enquanto o ETH subiu +30,84%. Ainda assim, o crescimento das posições supera em muito os ganhos de mercado, indicando que houve compra líquida constante e não apenas valorização do portfólio.
Ethereum supera o Bitcoin
A mudança também impactou a composição da carteira. No início do ano, o Ethereum representava 6,6% do portfólio on-chain da BlackRock. Agora, em setembro, a fatia saltou para 17,2%, um avanço de 10,6 pontos percentuais. Essa redistribuição sugere uma reponderação estratégica em direção ao ETH, sem abandonar a posição majoritária em Bitcoin, mas abrindo espaço para uma nova fase institucional.
Esse movimento carrega dois sinais importantes para o mercado. Primeiro, o volume: um incremento de 2,7 milhões de ETH é relevante frente ao fornecimento circulante, criando uma pressão de compra contínua sobre a liquidez. Segundo, o efeito de sinalização: quando a maior gestora do mundo amplia sua exposição a criptomoeda, a leitura é de que os grandes alocadores institucionais estão indo além do Bitcoin como único ativo cripto confiável.
Com ETFs de Ethereum já em funcionamento nos Estados Unidos e a rede avançando em soluções de escalabilidade e finanças descentralizadas, analistas veem espaço para o ETH alcançar patamares mais altos. Embora não haja consenso, a meta psicológica de US$ 5 mil voltou a entrar no radar como possível, especialmente se a tendência de compra institucional continuar firme.