- BlackRock aposta em ativos privados para turbinar aposentadorias
- Fundos com data-alvo terão mais retorno e diversificação
- Nova estratégia pode virar padrão no setor previdenciário
A BlackRock decidiu transformar a maneira como os americanos se aposentam. A empresa anunciou a inclusão de ativos privados em planos de aposentadoria já para 2026.
Essa mudança amplia o acesso a investimentos tradicionalmente restritos a grandes fortunas, como private equity e crédito privado. Porém, a decisão partiu de uma análise de longo prazo sobre como melhorar a rentabilidade dos fundos com data-alvo, que combinam ações, renda fixa e agora também ativos alternativos.
Nova estratégia visa elevar retornos de longo prazo
A maior gestora de ativos do mundo aposta que essa nova composição pode entregar ganhos adicionais de até 0,5 ponto percentual ao ano. Segundo a própria BlackRock, os fundos com data-alvo poderão incluir entre 5% e 20% em ativos privados, dependendo da idade do investidor.
O fundo será oferecido pela Great Gray Trust, instituição que administra mais de US$ 210 bilhões em ativos. O portfólio usará tanto os índices públicos da BlackRock quanto os seus produtos de investimentos alternativos. Porém, essa união entre liquidez e retorno busca atrair patrocinadores de planos preocupados com volatilidade e risco.
Martin Small, CFO da BlackRock, afirmou que o setor está pronto para essa transição. “Existe um caminho real para os mercados privados chegarem aos fundos de data-alvo”, declarou. Ele reconhece, no entanto, que o sucesso dependerá de ajustes regulatórios.
Setor de aposentadoria ganha nova fronteira de crescimento
A BlackRock trata os produtos de aposentadoria como peça-chave do seu negócio, já que eles respondem por mais da metade dos ativos sob gestão da empresa. A introdução de ativos privados fortalece a posição da gestora em um mercado cada vez mais competitivo e diversificado.
Porém, com essa iniciativa, a BlackRock espera acelerar uma tendência que vem ganhando força entre investidores institucionais: a busca por diversificação real e maior retorno ajustado ao risco. Se obtiver apoio regulatório e adesão dos patrocinadores, a estratégia pode se tornar padrão nos próximos anos.