Syren Johnstone, Diretor Executivo do Programa de Mestrado em Direito da Universidade de Hong Kong, em um publicação no blog da instituição, defendeu que a blockchain e a IA podem ajudar a mudar radicalmente o cenário de resposta a crises e o gerenciamento de doações. Desta forma Johnstone afirmou que o atual surto de coronavírus de Wuhan deve ser visto como uma convocação para a indústria de tecnologia.
O acadêmico explica de forma breve como o setor filantrópico do país tem problemas em destinar as doações de forma efetiva. O setor foi profundamente prejudicado devido a determinações políticas de Pequim, que restringiram as doações a apenas cinco instituições governamentais, excluindo as organizações filantrópicas privadas.
Tecnologias podem auxiliar o setor filantrópico
Johnstone então propôs que as tecnologias blockchain e inteligência artificial sejam usadas para auxiliar as instituições de caridade.
Segundo o diretor executivo, o uso de blockchain privada permitiria o registro e o rastreamento de qualquer doação, seja ela um valor monetário ou suprimentos. Além disso, com o uso da tecnologia é possível “responsabilizar uma pessoa ou organização, desde o carregamento de doações para entrega até o uso final”. O acadêmico ainda apontou que a blockchain poderia ser usada para consultas públicas, fornecendo transparência para todas as partes interessadas.
Posteriormente, o uso de inteligência artificial poderia auxiliar aos gestores dos recursos e doações a direcionar os recursos de forma mais eficiente. De fato, em um contexto de doações baseadas em blockchain, Johnstone defende que a tomada de decisão não seja comandada apenas por epidemiologistas. Desta forma, a IA pode fornecer visibilidade ao processo de tomada de decisão.
No último final de semana, a China informou que para conter a crise irá injetar cerca de US$ 174 bilhões na economia. A medida do governo chinês irá injetar o valor total de mercado do Bitcoin “para garantir um suprimento de liquidez suficiente”.