A Ernst & Young, apontada pelo tribunal como monitora na saga Quadrigacx, divulgou um relatório em 1 de março que mostra que as carteiras frias conhecidas por terem sido usadas pela exchange canadense estão sem fundos desde abril de 2018. A última reviravolta acrescenta alguma clareza a um mistério que deixou os clientes da Quadrigacx fascinados, convencidos de que Gerald Cotten teria supostamente morrido com as chaves de sua fortuna de US$ 190 milhões.
Contadores da Ernst & Young identificaram seis endereços de armazenamento frio usados pela Quadrigacx para armazenar criptomoedas no passado, informou o Toronto Star em 2 de março. Cinco dessas carteiras estão vazias desde abril de 2018. O relatório detalhou como uma sexta carteira “parece ter sido usada para receber bitcoins de outra conta de exchange e, posteriormente, transferir bitcoins para a carteira quente da Quadriga” em 3 de dezembro.
A única outra transação, como divulgada no mês passado, foi quando o valor de 371 mil dólares em BTC foi acidentalmente transferido para uma carteira fria – a sexta carteira – controlada pelo CEO Cotten, que teria morrido na Índia em dezembro.
De acordo com uma revisão das transações das seis carteiras baseada em blockchain de abril de 2014 a abril de 2018, os saldos mensais agregados de BTC nas carteiras identificadas variaram de zero a um pico de 2.776 BTC, segundo o artigo. Em média, o saldo agregado do mês totalizou cerca de 124 BTC ao longo do período de quatro anos. A Quadrigacx também parece ter movido alguns bitcoins para exchanges rivais. O relatório dizia:
O monitor investigou os requerentes quanto ao motivo da falta de reservas de criptomoeda nas carteiras de bitcoin identificadas desde abril de 2018. Até o momento, os requerentes não conseguiram identificar uma razão pela qual a Quadriga pode ter parado de usar o bitcoin identificado nas carteiras para depósitos em abril de 2018, no entanto, o monitor e a administração continuarão revisando o banco de dados da Quadriga para obter mais informações.