- CEO da Coinbase alerta: dívida dos EUA ameaça o dólar
- Bitcoin pode assumir papel global se crise fiscal crescer
- Especialistas divergem sobre viabilidade do BTC como reserva mundial
Brian Armstrong, CEO da Coinbase, lançou um alerta direto ao comentar o avanço da dívida pública dos Estados Unidos.
Segundo ele, o Bitcoin pode assumir o papel do dólar como moeda de reserva global caso o país continue ignorando seus limites fiscais.
Armstrong reagiu a dados divulgados pelo perfil World of Statistics, que mostram a dívida americana ultrapassando US$ 36,9 trilhões em 2025. Além disso, ele pediu ao Congresso que enfrente o problema de frente. Segundo o executivo, a força dos EUA é essencial para a estabilidade mundial, mas corre risco diante da inação política.
Dívida recorde dos EUA preocupa investidores
O rápido crescimento da dívida preocupa analistas. Em apenas dois anos, os Estados Unidos aumentaram sua dívida pública em quase US$ 3 trilhões. O motivo principal vem da soma de programas sociais caros, gastos com a pandemia e resistência política a cortes ou aumento de impostos.
Hoje, os juros dessa dívida consomem parte crescente do orçamento federal. Porém, o Congressional Budget Office estima que os pagamentos de juros podem ultrapassar US$ 1 trilhão ainda este ano. Caso essa tendência continue, o governo terá menos margem para investir em saúde, educação e segurança.
Armstrong alertou que, nesse cenário, o dólar pode perder seu status de principal moeda de reserva mundial. Para ele, o Bitcoin surge como uma alternativa natural, por não depender de governos, ter oferta limitada e resistir à inflação.
Criptomercado reage ao alerta de Armstrong
Diversos nomes do setor comentaram a fala do CEO da Coinbase. A influenciadora Wendy O demonstrou ceticismo: “O Bitcoin nunca será uma moeda de reserva devido à sua volatilidade. Mas será desejado. Uma stablecoin… sim”.
Elon Musk também entrou na discussão. O bilionário criticou o Congresso pelos projetos de gastos excessivos e voltou a defender maior responsabilidade fiscal. Ele alertou que a confiança no dólar pode desabar se a dívida continuar crescendo sem controle.
Peter Schiff, economista e crítico do sistema atual, reforçou a visão de Armstrong. Segundo ele, o excesso de impressão de dinheiro e endividamento colocam em risco o futuro do dólar. Porém, o Schiff acredita que, sem mudanças estruturais, os EUA podem enfrentar um colapso de confiança na moeda.
Porém, em meio a esse debate, cresce a ideia de que o Bitcoin pode se tornar o novo padrão monetário global, especialmente em um cenário de instabilidade crescente nos modelos tradicionais.