Segundo a agência de notícias japonesas, Nikkei Asia, a China estaria pretendendo usar o yuan digital para monitorar a evasão de capital do país e para poder monitorar de perto possíveis fraudes. Para isso, o país pretende rastrear todas as “grandes transações, aquelas acima de 100.000 RMB”, aproximadamente US$ 14.000.
Assim, todo o avanço que o país empregou na disruptiva tecnologia blockchain parece ter um outro viés além de estarem na vanguarda do futuro financeiro. A criação da primeira moeda digital apoiada pelo Estado tem potencial para que o país tenha maior controle financeiro de seus cidadãos.
A partir de julho, os bancos da província de Hubei terão que registrar todas as transações acima de 100.000 yuans feitas em espécie. Posteriormente, essas instituições financeiras deverão relatá-las ao Banco Popular da China.
De forma semelhante, quando o yuan digital for devidamente implantado para todos os cidadãos chineses, o PBoC terá maior controle sobre essas transações. Os reguladores do país terão todas essas informações em tempo real.
Contudo, cada província e tipos de contas contarão com limites diferentes, de acordo com o relatório da Nikkei. Enquanto moradores da província de Hubei poderão transferir até 100.000 RBM, aqueles que vivem em Shenzhen poderão movimentar até 200.000 yuans. Já contas comerciais poderão movimentar até 500.000 yuans.