Em um estudo recém publicado, a empresa de dados de blockchains, TokenAnalyst, apontou que poucas empresas controlam a distribuição de hashrate do Bitcoin. De fato, os pesquisadores apontaram que apenas cinco empresas controlam praticamente metade da taxa de hash da rede Bitcoin.
Segundo o relatório, o bitcoin também vem se tornando um sistema altamente centralizado, com um pequeno número de grandes empresas dominando o mercado. Desta forma, não é apenas a rede de mineração que está sendo dominada por um pequeno grupo de entidades, mas o setor como um todos.
Para determinar suas alegações, os pesquisadores observaram 276.000 endereços que já receberam alguma recompensa por mineração, e ao analisar meticulosamente conseguiram identificar 148.000 endereços ligadas à mineradoras.
Porém, “desses 148 mil endereços rotulados, apenas 6,3 mil já receberam uma recompensa com base em moedas”. O relatório indica que os outros endereços foram usados para “roteamento interno e endereços para facilitar os pagamentos dos participantes da pool de mineração”.
Em 27 de janeiro, cinco empresas dominavam a mineração de hash da rede bitcoin, sendo elas a Antpool, Btc.com, Btc.top, F2pool e Viabtc. Juntas, essas empresas controlam 49,9% da taxa de hash da rede. Para a TokenAnalyst este não é modelo ideal para o bitcoin.
“O modelo original de mineração de bitcoin era ter um grande número de mineradoras independentes, o que tornaria praticamente impossível atacar a rede revertendo as transações de bitcoin”, defendem os pesquisadores.
Por fim, o relatório conclui que “juntar-se a um pool de mineração mais independente ou a um pool com uma proporção menor da taxa de hash ajudará a garantir a integridade da rede”.