- Ouro e prata antecipam nova fase de alta do Bitcoin
- Múltiplo de Mayer indica forte oportunidade de compra
- Metais preciosos sinalizam que o BTC está subvalorizado
Embora muitos chamem o Bitcoin de “ouro digital”, o comportamento dos metais preciosos pode revelar o futuro da principal criptomoeda. Cada movimento do ouro e da prata funciona como um espelho para o mercado cripto, especialmente quando analisado pelo Múltiplo de Mayer BTC/Ouro, um indicador que mede o quanto o Bitcoin está sobrevalorizado ou subvalorizado em relação à sua média móvel de 200 dias.
O trader e cientista monetário Trace Mayer criou esse múltiplo justamente para detectar tendências históricas e pontos de entrada estratégicos. O cálculo é simples, divide-se o preço atual do Bitcoin pela média móvel de 200 dias. Quando fica abaixo de 1, o ativo tende a estar subvalorizado; acima de 2,4, geralmente indica sobre compra.
A força dos metais como bússola do mercado cripto
Nos últimos meses, o Múltiplo Mayer BTC/Ouro caiu para 0,84, e o BTC/Prata chegou brevemente a 0,98, níveis que historicamente antecedem fortes ralis de valorização. Essa métrica sugere que o Bitcoin pode estar pronto para uma recuperação expressiva.
Quando o ouro ou a prata superam o desempenho do Bitcoin por um período prolongado, isso indica que os investidores estão migrando para ativos considerados mais seguros. Contudo, assim que o medo no mercado diminui, o capital tende a retornar para o Bitcoin, impulsionando novos ciclos de alta. Essa correlação repetiu-se em 2016, 2019 e 2020, sempre com resultados semelhantes o Bitcoin acompanhou e depois superou os metais preciosos.
Outro ponto importante é que o múltiplo funciona como um indicador de sentimento macroeconômico. Quando o ouro sobe, geralmente há aversão ao risco. Quando o Bitcoin se recupera logo após, isso sinaliza uma mudança de ciclo, com investidores voltando ao apetite por ativos de maior risco e retorno.
O que os números atuais indicam para o Bitcoin
No acumulado de 2025, o ouro valorizou 54%, a prata 63%, e o Bitcoin apenas 21%. Essa diferença cria o que muitos analistas chamam de “lacuna de valorização“, um desequilíbrio que tende a se corrigir. Caso o padrão histórico se mantenha, o Bitcoin pode recuperar o atraso e até superar os metais nos próximos meses.
Além disso, o cenário global reforça o otimismo. Taxas de juros mais baixas, políticas monetárias favoráveis e maior entrada de capital institucional sustentam o ambiente perfeito para uma nova fase de valorização das criptomoedas.
A longo prazo, os dados são incontestáveis, enquanto o ouro e a prata apenas dobraram de valor nos últimos cinco anos, o Bitcoin saltou mais de 700%. Se os indicadores estiverem certos, o movimento dos metais pode novamente estar anunciando uma nova arrancada do “ouro digital”.


