- Escândalo financeiro: Javier Milei promovia Libra em troca de dinheiro.
- Corrupção exposta: Criador da Libra revela suborno a Milei.
- Criptogate: Milei e Libra envolvidos em esquema milionário suspeito.
O escândalo da criptomoeda Libra ganha um novo capítulo. O co-criador da moeda digital, Hayden Davis, afirmou em mensagens de texto que comprou influência sobre o presidente argentino Javier Milei. Segundo Davis, ele enviava dinheiro para Karina Milei, irmã do presidente e figura influente no governo, garantindo que o líder assinasse qualquer decisão desejada.
Em mensagens revisadas pelo CoinDesk, Davis se gabou de ter “controle” sobre Milei. Em dezembro, ele escreveu: “Envio dinheiro para a irmã dele e ele faz o que eu quero”. Karina Milei e Davis não responderam aos pedidos de comentário sobre as acusações.
O caso adiciona uma nova dimensão à investigação de corrupção sobre a promoção da Libra. Milei chamou atenção para a criptomoeda no dia 15 de fevereiro, apresentando-a como uma inovação para financiar pequenos negócios. Entretanto, documentos sugerem que o presidente pode ter promovido a Libra sob influência financeira de Davis.
Javier Milei em apuros
O maior beneficiário do lançamento da Libra foi Davis e sua empresa, Kelsier Ventures. Nos primeiros momentos, carteiras com memecoins controladas por eles lucraram mais de US$ 100 milhões. A criptomoeda atingiu US$ 5 antes de despencar mais de 95%, levando investidores a prejuízos milionários.
A polêmica levou lideranças da oposição na Argentina a ameaçar um processo de impeachment contra Milei. Assim, o escândalo, apelidado de “criptogate”, impacta a bolsa de valores do país e força Milei a realizar estratégias de controle de danos.
Davis também afirmou que poderia fazer Milei promover qualquer projeto em redes sociais. De fato, um tuíte do presidente sobre a Libra impulsionou seu preço. Contudo, Milei apagou a publicação após cinco horas, já depois de investigadores encontrarem indícios de transações duvidosas. Nesse ponto, a Libra já havia entrado em colapso, deixando investidores sem alternativas.
A investigação continua e pressiona Milei a dar respostas. O impacto da crise no governo e no mercado financeiro argentino ainda é incerto, mas as revelações de Davis podem complicar a situação política do presidente.