Devido ao caos no mercado financeiro causado pelo coronavírus, o valor do ouro caiu para menos de US$ 1.500 pela primeira vez no ano. Enquanto investidores tentam cobrir perdas em ações, o ouro é testado como um ativo de refúgio, um “porto seguro”.
De fato, o preço spot do ouro registrou um declínio de 8,4% em relação ao recente pico de US$ 1.600. O ativo “seguro” chegou a ser negociado a US$ 1.466,40 a onça.
Essa queda no valor do ativo é surpreendente, pois os chamados “ativos de refúgio” tendem a valorizar em meio a período de estresse do mercado. Como o surto de COVID-19 tem causado a queda em inúmeras bolsas em todo o mundo, era de se esperar o aumento da procura pelo ativo enquanto investidores procuram proteger suas economias.
Contudo, o que tem se presenciado é a relação inversa. Enquanto o bolsas globais registram níveis históricos cada vez menores, vender ativos líquidos ou lucrativos, como o ouro, se torna a resposta mais fácil para cobrir perdas em outras operações. “Quando as pessoas não conseguem vender o que querem vender, vendem o que podem vender”, disse à CNBC o consultor-chefe da Allianz, Mohamed El-Erian.
Entretanto, não é apenas o preço do ouro e das ações que a pandemia de coronavírus tem influenciado negativamente. Com o Bitcoin sendo negociado abaixo dos US$ 5.000, o mercado cripto também tem sentido os efeitos negativos do coronavírus.