A administração da empresa que gerencia o protocolo de staking EtherFi, criticou a plataforma de negociações de tokens não fungíveis (NFTs), OpenSea, por ter interrompido a negociação de tokens colecionáveis EtherFan. A suspensão foi feita sem aviso prévio.
O fundador e CEO da EtherFi, Mike Silagadze, enviou um pronunciamento à plataforma OpenSea expressando a insatisfação com a decisão tomada, onde disse que o lançamento da coleção foi bem-sucedido, e teve cerca de 3.000 tokens EtherFan emitidos no primeiro dia. Ao tentar contatar o OpenSea a empresa não obteve resposta imediata, sendo que a resposta veio dias depois da suspensão da coleção.
O suporte do OpenSea esclareceu que coleções de NFTs relacionadas a atividades financeiras que não foram registradas ou licenciadas não podem ser hospedadas na plataforma.
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OpenSea não aceita certos tipos de NFTs
Os NFTs emitidos pela EtrherFi podem ser classificados como sendo ‘éteres encapsulados’, aos quais se enquadram na categoria das atividades financeiras não registradas. Entretanto, Silagadze argumentou que sua empresa havia contatado o OpenSea antes de lançar a coleção EtherFan, e recebeu permissão para o lançamento.
‘O OpenSea opera um cassino não licenciado onde as pessoas se envolvem em jogos de azar ruinosos e gastam milhões em imagens de macacos. Ao mesmo tempo, o site se recusa a colocar tokens que possam ser realmente úteis’, disse o CEO da EtherFi.
O problema está na não notificação prévia do OpenSea de que a coleção EtherFan poderia violar os Termos de Serviço, disse Silagadze.
Ademais, o CEO da EtherFi disse não considerar as ações do OpenSea como tendo uma ‘intenção maliciosa’. E assim explicou que a escalada crescente do OpenSea visa o anseio de não violar os requisitos dos reguladores, evitando riscos de processos litigiosos.
Desde o ano passado o OpenSea tem sofrido com reclamações de usuários, principalmente de muitos que sofrem ataques e têm seus tokens furtados de suas carteiras associadas à plataforma. Em 2022 o OpenSea restringiu o acesso de contas sancionadas, como os relacionados a endereços russos e as de artistas cubanos.
E neste ano enfrentou processo de um usuário que teve sua conta suspensa por três anos. Nesta ação o juiz do caso condenou o OpenSea a pagar multa de US$ 500 mil ao usuário.