O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) divulgou suas metas para o orçamento do próximo ano fiscal na semana passada. Segundo o documento orçamentário, o DHS revelou que o Centro de Contrabando de Dinheiro (BCSC) desenvolveu o Programa de Inteligência de Criptomoeda (CIP).
De acordo com o DHS, o CIP “identifica empresas de serviços monetários não licenciados (MSB) na forma de uso de sites ponto a ponto (P2P) por corretores de criptomoedas, fóruns on-line e anúncios classificados, e mercados darknet (DNM)”. Para o departamento, “grande parte desses MSBs não licenciados está envolvida em lavagem de dinheiro de narcóticos”.
Para o DHS as atividades P2P não licenciadas sempre representaram “um desafio significativo para a aplicação da lei”. Além disso, “o Bitcoin e outras moedas virtuais são o método de pagamento preferido nos mercados darknet. É comum que os trocadores de P2P não licenciados obtenham seu bitcoin vendendo bens e serviços ilícitos nos mercados da darknet.”, explicou o órgão governamental.
Vale lembrar que perante a lei federal dos EUA, as exchanges são considerados transmissores de dinheiro, e por esse motivo precisam registrar-se junto a FinCEN. Entretanto, segundo a Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), a atual estrutura regulatória do país não cobre toda a gama de atividades cripto que podem ser exploradas para fins ilícitos.
As criptomoedas tem se tornado cada vez mais aceita no EUA. Uma recente pesquisa realizada pela HSB identificou que um terço das novas pequenas empresas do país aceito criptomoedas como forma de pagamento. A pesquisa mostrou que 36% das 505 pequenas e médias empresas pesquisadas já permite pagamentos cripto nos Estados Unidos.