- Ex-secretário usou cripto para esconder R$ 400 mil
- Polícia apreende bens de luxo e provas do desvio
- Câmara agiu rápido após denúncia e exonerou servidor
A Polícia Civil de Goiás realizou uma operação na terça-feira (8) para investigar um caso de corrupção na cidade de Turvânia. Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de um ex-secretário municipal suspeito de roubar mais de US$ 400 mil da prefeitura.
As autoridades descobriram que o ex-servidor usou criptomoedas para tentar ocultar o dinheiro desviado. Apesar de o nome do servidor não ter sido informado, trata-se de um ex-secretário de Finanças do município, apontou o Diário de Goiás.
Investigação começou com denúncia anônima
O caso veio à tona após a Câmara Municipal de Turvânia receber uma denúncia anônima sobre irregularidades na Secretaria de Finanças. O ex-secretário, que assumiu o cargo em 2017 e permaneceu por duas gestões, continuava no posto mesmo após a troca de governo.
A denúncia apontava que ele se apropriava de dinheiro público, escondia extratos bancários e investia os valores ilícitos em criptomoedas. Diante dos indícios, os vereadores acionaram os órgãos competentes e o exoneraram do cargo em 31 de dezembro.
A 7ª Delegacia Regional de Polícia de Turvânia assumiu o caso com apoio do Geic e da Deam de São Luís de Montes Belos. Porém, as autoridades apuram os crimes de peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas.
Polícia apreende bens de alto valor e objetos ligados a cripto
Durante a operação, os agentes recolheram diversos itens na casa do investigado. Porém, a lista inclui laptops, pen-drives, cartões bancários, talões de cheque e relógios de luxo. Os policiais também apreenderam cédulas de dólar que, segundo perícia inicial, podem ser falsas.
Além disso, a Polícia encontrou documentos relacionados à Prefeitura de Turvânia, anotações financeiras e equipamentos ligados ao mercado de criptomoedas. A suspeita é de que o ex-secretário usava uma empresa em que é sócio majoritário para movimentar parte do dinheiro.
De acordo com o relatório preliminar, os US$ 400 mil foram transferidos para contas ligadas à empresa. O objetivo era camuflar a origem dos recursos por meio de sucessivas operações financeiras.
A Câmara Municipal de Turvânia publicou uma nota oficial no Instagram. O texto afirma que a instituição cumpriu seu papel fiscalizador ao investigar e denunciar os atos suspeitos às autoridades.
Ainda mais, a Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e rastrear os fundos escondidos no universo das criptomoedas. O caso acende um alerta sobre o uso de ativos digitais em esquemas de corrupção no setor público.