- Família Trump aposta pesado em criptomoedas com acordo bilionário
- WLFI pode render bilhões adicionais à dinastia política americana
- Investidores globais apostam no potencial cripto da World Liberty
A família Trump decidiu dar um passo ousado e definitivo no mercado de criptomoedas. De acordo com o The Wall Street Journal, os Trump fecharam um acordo bilionário no valor de mais de US$ 500 milhões, envolvendo empresas que eles mesmos controlam em ambos os lados da transação.
No centro da operação está a World Liberty Financial (WLFI), empresa privada lançada por Donald Trump no ano passado. Recentemente, a companhia adquiriu a Alt5 Sigma, que havia deixado o setor farmacêutico para atuar exclusivamente em pagamentos digitais e ativos cripto. Logo após a compra, a Alt5 levantou US$ 750 milhões de investidores externos e usou o capital para adquirir tokens WLFI, criados pela própria World Liberty.
Essa configuração criou um círculo financeiro particular, a família Trump vendeu seus próprios tokens para uma empresa que agora controla. O movimento gerou um pagamento de pelo menos meio bilhão de dólares, consolidando o peso da dinastia no setor.
Trump reforça influência direta no setor de criptomoedas
Com o negócio fechado, a World Liberty ganhou influência direta sobre a Alt5. Zach Witkoff, cofundador da WLFI, assumiu a presidência da empresa adquirida, enquanto Eric Trump passou a integrar o conselho de administração. Além disso, a companhia nomeou um novo diretor de investimentos para impulsionar o lançamento de sua stablecoin, a USD1.
Em agosto, Witkoff e Eric tocaram o sino de abertura da Nasdaq, em Nova York, para celebrar a nova fase. A Alt5 agora planeja construir uma tesouraria de tokens WLFI, inspirando-se na estratégia da antiga MicroStrategy, que utilizava ações para adquirir Bitcoin. No entanto, há uma diferença crucial: a Alt5 compra WLFI diretamente da World Liberty, em vez de buscar ativos no mercado aberto.
Aposta arriscada, mas com potencial bilionário
Segundo documentos oficiais, a família Trump detém hoje mais de US$ 6 bilhões em WLFI, sendo que Donald Trump controla pessoalmente dois terços desse montante. Caso o preço do token se valorize, o clã poderá lucrar bilhões adicionais não apenas com a valorização, mas também com futuras vendas.
O histórico, porém, mostra riscos. Outras moedas ligadas ao nome Trump chegaram a disparar no lançamento, mas logo despencaram. Grandes investidores que tentarem vender quantidades relevantes podem provocar quedas bruscas.
Ainda assim, o projeto atraiu investidores de peso, como a Point72, de Steve Cohen, e a Soul Ventures, que aportou US$ 85 milhões. O cofundador Warren Hui destacou que aposta na equipe por trás da World Liberty e considera o preço justo para a entrada.
No horizonte, a World Liberty planeja lançar um aplicativo móvel e expandir sua stablecoin USD1, usando as ferramentas da Alt5. Com essa movimentação, a família Trump mostra que entrou de vez no jogo das criptomoedas, apostando alto em um setor ainda marcado pela volatilidade, mas que promete oportunidades gigantescas para quem liderar sua próxima fase.