Hoje, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), o órgão internacional que monitora a saúde do sistema financeiro global, emitiu um relatório que estabelece as implicações de estabilidade financeira da pandemia de coronavírus e medidas políticas adotadas para resolvê-los.
Para o FSB, a pandemia de COVID-19 é a maior ameaça para os mercados financeiros desde a crise financeira de 2008. Contudo, o órgão aponta que a última crise ajudou a estabelecer medidas que deixaram o mercado mais preparado para enfrentar esta pandemia do que antes.
“A pandemia do COVID-19 representa o maior teste do sistema financeiro pós-crise até hoje. O sistema financeiro global enfrenta o duplo desafio de sustentar o fluxo de crédito em meio ao declínio do crescimento e gerenciar riscos elevados”, afirmou o FSB.
Além disso, o Conselho determinou cinco medidas para promover uma resposta rápida e coordenada. Essas medidas irão auxiliar a economia global a manter a estabilidade financeira e a mitigar os riscos vindouros trazidos pela pandemia.
De acordo com as medidas, as autoridades deverão:
- monitorar e compartilhar informações em tempo hábil para avaliar e abordar os riscos de estabilidade financeira do COVID-19;
- reconhecer e usar a flexibilidade incorporada aos padrões financeiros existentes para apoiar nossa resposta;
- buscar oportunidades para reduzir temporariamente os encargos operacionais para empresas e autoridades;
- agir de maneira consistente com os padrões internacionais e não reverter reformas ou comprometer os objetivos subjacentes aos padrões internacionais existentes;
- coordenar o futuro desenrolar oportuno das medidas temporárias adotadas.
Contudo, o FSB continuará a monitorar de perto os principais atores do sistema financeiro, para garantir a estabilidade financeira global. Assim, o órgão irá monitorar instituições e mercados financeiros com poder de canalizar recursos para manter a integridade do sistema financeiro.