A plataforma de criptomoedas FTX, que enfrentou falência em 2022, iniciou seu plano de reorganização em 3 de janeiro de 2024.
A medida visa restituir usuários afetados, marcando um passo significativo no fechamento deste capítulo da história da exchange.
Primeiras restituições e critérios de pagamento
The FTX Debtors Plan of Reorganization is effective today, January 3, 2025. Today is also the initial distribution record date for holders of allowed claims in the Plan's Convenience Classes. Separate record and payment dates for other classes of claims will be announced later.
— FTX (@FTX_Official) January 3, 2025
Usuários que apresentaram pedidos de reembolso no site oficial da FTX e possuem valores a receber inferiores a US$ 50.000 serão os primeiros a serem pagos. Esses pagamentos estão previstos para ocorrer dentro de 60 dias.
O plano de reorganização, aprovado em outubro, estima que 98% dos clientes da FTX possam receber cerca de 119% do valor originalmente declarado.
The FTX Debtors also remind customers to please remain aware of phishing emails that may look like they are from FTX Debtors and scam sites from channels that may appear to look like the FTX Debtors' Customer Portal.
— FTX (@FTX_Official) January 3, 2025
Entre os parceiros que auxiliarão na distribuição dos fundos estão as empresas de cripto BitGo e Kraken. O total estimado para restituição é de US$ 16 bilhões, caso todas as reivindicações sejam devidamente apresentadas. A FTX também alertou os usuários sobre golpes de phishing que podem imitar comunicações oficiais da empresa.
Críticas e impactos no mercado
O ex-CEO da FTX, Sam ‘SBF’ Bankman-Fried, a ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, e o ex-co-CEO da FTX Digital Markets, Ryan Salame, foram todos condenados a anos de prisão, embora a SBF tenha entrado com um recurso contra sua condenação.
Dos executivos da FTX indiciados em meio ao colapso da exchange, apenas dois escaparam da prisão: o ex-diretor de engenharia Nishad Singh e o cofundador Gary Wang.
Apesar do progresso, o plano enfrenta críticas de credores, que argumentam que os pagamentos baseados nos preços das criptomoedas na época da falência, em 2022, não refletem a valorização atual do mercado. O preço do Bitcoin, por exemplo, subiu mais de 400% desde então, alcançando quase US$ 100.000.
A restituição dos fundos marca o encerramento de uma saga que abalou o setor de criptomoedas globalmente.