O governo alemão concluiu com sucesso o Proof-of-Concept (PoC) que utilizou a tecnologia blockchain para gerenciar o processo de asilo de refugiados e publicou os resultados em 26 de março de 2019.
Um jeito mais simples
Blockchain e imigração estão lentamente, mas firmemente, construindo uma parceria, já que nos últimos dias, um grupo dissidente está vendendo vistos baseados na Ethereum para a Coréia do Norte, além disso, há rumores de que blockchain terá um papel significativo na Europa pós-Brexit.
Falando da Europa, o Escritório Federal para Migração e Refugiados (BAFM) da Alemanha publicou um informe oficial em 26 de março de 2019, no qual foi sugerido que blockchain poderia ser usada para melhorar o processo de asilo de refugiados. Esta conclusão foi alcançada após uma Proof of Concept ter sido testada com sucesso para este efeito.
Blockchain além das fronteiras
O white paper que foi escrito sobre o PoC foi editado pela BAFM e foi escrito pelo Grupo de Projetos de Negócios e Engenharia de Sistemas de Informação do Instituto Fraunhofer de Tecnologia de Informação Aplicada FIT.
O PoC em si foi realizado no primeiro semestre de 2018 entre o BAFM, Fraunhofer FIT e outro parceiro que não foi nomeado. O PoC se concentrou em dois grandes aplicativos blockchain.
O primeiro foi a criação de identificações digitais confiáveis e precisas para os refugiados em questão e o segundo foi a melhoria da comunicação entre as autoridades em nível municipal, estadual e nacional. O estudo fez uso de uma blockchain derivada do Ethereum para este propósito.
Para atingir o primeiro objetivo, a blockchain foi usada para criar uma identidade digital para os refugiados que chegaram na Alemanha sem qualquer meio de identificação. Os dados biométricos foram capturados e armazenados, pois isso garantiu que as informações precisas fossem fornecidas em todos os níveis do processo de asilo e que a identidade correta fosse consistentemente atribuída a cada refugiado.
Resultados do estudo
Após o estudo ter sido realizado, foi decidido que o uso de blockchain para criar um sistema de identificação digital poderia ter efeitos positivos para a Europa como um todo.
“Blockchain poderia ser o ‘facilitador digital’ do federalismo europeu no contexto do asilo.”, concluiu o estudo.
Ao mesmo tempo, foi reconhecido que as leis de proteção de dados pessoais atualmente em vigor podem representar um desafio para esse esquema funcionar. Caso as leis existentes sejam ajustadas para acomodar a criação de um banco de dados de identificação digital para refugiados, um sistema mais ágil e organizado deve ser alcançado.