- Hackers movimentaram cerca de 15.859 BTC, avaliados em US$ 1,8 bilhão, ligados ao ataque a pool de mineração chinesa LuBian
- A pool LuBian operava ativamente até 2021 e, durante seu auge, controlava cerca de 6% da taxa global de hash do Bitcoin
- Os invasores transferiram quase US$ 1,1 bilhão para duas carteiras, e em seguida movimentaram mais US$ 0,7 bilhão para outras duas
Investigadores on-chain identificaram que hackers movimentaram cerca de 15.859 BTC, avaliados em US$ 1,8 bilhão, ligados ao histórico ataque contra a pool de mineração chinesa LuBian, ocorrido em 2020. O episódio havia caído no esquecimento, já que os ativos permaneceram parados por mais de três anos. No entanto, nas últimas semanas, analistas detectaram transferências de grandes volumes para quatro novas carteiras. O movimento reacende debates sobre segurança em infraestruturas de mineração e levanta preocupações com o impacto potencial sobre o mercado de Bitcoin.
Ataque à LuBian expôs falhas de segurança em operações de mineração corporativa
A pool LuBian operava ativamente até 2021 e, durante seu auge, controlava cerca de 6% da taxa global de hash do Bitcoin. Em dezembro de 2020, hackers executaram um dos maiores roubos da história cripto, levando 127.000 BTC, que à época valiam cerca de US$ 3,5 bilhões.
Lubian wallets are on the move again, they transferred 15,959 $BTC worth $1.83B to 4 different wallets
· 4.999K $BTC worth $539.76M to bc1qs8
· 4.999K $BTC worth $539.76M to 3JX2dH
· 3.424K $BTC worth $369.7M to 1cpnxU
· 2.535K $BTC worth $274.36M to 1G9FZS… pic.twitter.com/Jo6k0xkmFQ
— Onchain Lens (@OnchainLens) October 22, 2025
Desde então, os fundos roubados permaneceram intocados, o que levantava hipóteses de perda de chaves ou receio de rastreamento. Contudo, entre os dias 13 e 14 de outubro de 2025, os invasores transferiram quase US$ 1,1 bilhão para duas carteiras, e em seguida movimentaram mais US$ 0,7 bilhão para outras duas. As transferências ocorreram em lotes padronizados, com duas delas contendo cerca de 4.999 BTC cada.
Essas transações sugerem planejamento técnico e a intenção de dividir os fundos em unidades menores, dificultando rastreamento. Além disso, os analistas apontaram que os hackers ainda não movimentaram o restante dos ativos, o que mantém o risco latente para o ecossistema.
Movimento dos fundos reacende temor de liquidações e investigações globais
A movimentação de quase US$ 2 bilhões em BTC desperta preocupações imediatas. Mesmo sem venda confirmada, o simples deslocamento de grandes quantias já impacta a percepção de estabilidade do mercado.
Caso parte dos fundos seja liquidada, o preço do Bitcoin pode sofrer pressão negativa. Isso afeta não apenas traders, mas também instituições expostas ao ativo. Além disso, autoridades regulatórias e agências de combate a crimes financeiros devem reforçar investigações e monitoramentos.
Dessa forma, o episódio reforça um ponto crítico: ativos roubados permanecem como ameaças ao ecossistema cripto, mesmo após anos de dormência. Portanto, a vigilância constante e o fortalecimento de protocolos de segurança continuam essenciais para preservar a integridade das redes e a confiança dos usuários.