A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou seu compromisso com a criação de uma estrutura regulatória para criptomoedas que garanta proteção aos homens negros que investem e possuem ativos digitais.
A proposta faz parte da recém-divulgada “Agenda de Oportunidades para Homens Negros”, que visa fomentar a construção de riqueza dentro dessa comunidade, abordando questões econômicas e financeiras cruciais.
De acordo com o plano, mais de 20% dos afro-americanos já investiram ou possuem criptomoedas, tornando essencial a criação de uma estrutura que proteja esses investidores. Kamala Harris reconhece o potencial das novas tecnologias, como as criptomoedas, para expandir o acesso a serviços bancários e financeiros.
Sua equipe afirmou que a vice-presidente está determinada a garantir que os donos e investidores de ativos digitais, especialmente homens negros, tenham os mesmos benefícios e proteção de um marco regulatório justo e inclusivo.
A proposta de Harris também inclui a concessão de um milhão de empréstimos totalmente perdoáveis, de até US$ 20 mil, para empreendedores negros que desejam iniciar negócios. Além disso, ela propõe o lançamento de uma iniciativa de saúde voltada para homens negros e a legalização da maconha recreativa, como parte de uma agenda mais ampla de apoio econômico e social.
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Criptomoedas
Essa não é a primeira vez que Kamala Harris discute o impacto das criptomoedas. Em setembro, ela destacou, em um plano econômico de 80 páginas, a importância de incentivar tecnologias inovadoras, como inteligência artificial e ativos digitais, enquanto defende a proteção de consumidores e investidores.
No entanto, sua abordagem recebeu críticas de líderes do setor cripto. Cleve Mesidor, fundadora da National Policy Network of Women of Color in Blockchain, argumentou que a política da vice-presidente falha em incluir uma gama mais diversa de vozes no desenvolvimento dessa regulação, concentrando-se apenas em homens negros como consumidores e não como produtores.
Mesidor, junto com outras lideranças do setor, como a fundadora do Black Women Blockchain Council, Olayinka Odeniran, e a professora da Penn State Dickinson Law, Tonya Evans, enviou uma carta à equipe de Harris solicitando uma reunião para discutir recomendações políticas que impulsionem a inovação e inclusão no mercado de criptomoedas. Até o momento, a reunião não ocorreu, e o pedido permanece sem resposta oficial.