O cenário de investimento a longo prazo em Bitcoin, conhecido como “hodl”, atingiu um marco histórico ao registrar mais de 70% da oferta da moeda parada por mais de um ano.
Dados recentes revelam que 13,6 milhões de bitcoins permanecem estáticos por esse período, o que equivale a 70% do total de 19,5 milhões em circulação, um recorde notável no universo cripto.
Dividindo-se, essa porcentagem de Bitcoin em “hodl” é composta por duas parcelas significativas. Cerca de 7,9 milhões de bitcoins foram armazenados entre um e cinco anos, enquanto 5,7 milhões estão imobilizados por um longo período.
Em contrapartida, apenas 5,8 milhões de bitcoins, aproximadamente 30% da oferta, foram mantidos em circulação por menos de um ano, totalizando um valor atual de US$ 210 bilhões.
Bitcoin
Essa mudança para o “hodling” evidencia a crescente tendência de investidores em reter seus bitcoins, indicando um otimismo de longo prazo no mercado. Isso não apenas reduz a pressão de venda, mas também tem potencial para impulsionar os preços, pois a demanda cresce.
Essa estratégia reforça a convicção dos investidores de que os preços futuros possam ser mais elevados, motivando-os a manter suas posições para obter lucros mais substanciais. Esse comportamento, se mantido, tende a reduzir a pressão de venda e estabilizar os preços no mercado.
O Bitcoin manteve uma estabilidade em torno de US$ 37.000, alcançando uma zona de valorização não vista há 18 meses. Esse contexto é impulsionado por otimismo macroeconômico, a perspectiva de lançamento de fundos negociados em bolsa (ETF) nos EUA e a redução da oferta pela metade (halving).
É importante ressaltar que entre os bitcoins parados por mais de um ano estão os perdidos, estimados entre 1 a 3 milhões, seja por perda de chaves privadas, falecimento de titulares ou envios para endereços inexistentes, incluindo os bitcoins de Satoshi Nakamoto, que permanecem imobilizados há mais de uma década. Esses fatores adicionam uma dinâmica única ao panorama do BTC.