O ex-dono e fundador da plataforma brasileira de criptomoedas Anubis Trade, Matheus Grijó, foi condenado pela Justiça a pagar mais de 100 mil reais a um cliente da empresa.
Após a venda da plataforma para a Atlas Quantum, os clientes da Anubis começaram a enfrentar problemas para realizar saques, problema este também enfrentado pelos clientes da Atlas.
A controvérsia venda, que ocorreu enquanto a Atlas Quantum apresentava problemas em realizar os saques dos clientes, gerou descontentamento dos clientes da Anubis, que culpavam o ex-dono pelos atrasos que passaram a ocorrer nos pagamentos. Grijó, até então, alegava não ser mais o responsável pela empresa, não podendo ser responsabilizado pelos atrasos nos pagamentos, porém, o entendimento do juiz de São Paulo, que recebeu a ação movida por um cliente insatisfeito contrariou tais alegações.
Para o juiz, Grijó ainda pode ser responsabilizado pelos atrasados, e determinou que ele pague 100 mil reais, o valor de 3 BTC, ao cliente que moveu a ação. Caso o fundador da Anubis Trade não pague sua dívida, o montante poderá ser bloqueado judicialmente de suas contas pessoais, ou das contas da Atlas Quantum ou da Anubis Trade, e ainda estará sujeito a multa por descumprimento da sentença.
Segundo processo obtido com exclusividade pelo BeInCrypto, o juiz determinou: “Diante da relevância da fundamentação alinhada, antecipo os efeitos da tutela recursal e determino a intimação das agravadas para que depositem nos autos o valor de R$ 103.074,12, correspondente a 3,01932721 BTC, segundo a cotação de 27.09.2019, no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00, limitada a R$ 100.000,00”.
Conforme noticiado pelo Bitnotícias, na última quinta-feira (12), o CEO da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, se reuniu com a Comissão de Investidores da Atlas para atualizá-los sobre os planos futuros da empresa. Segundo Marques, a empresa criaria uma nova holding, que será usada para a reconstrução do capital da empresa. Além disso, na reunião, o CEO afirmou que a Atlas Quantum pode se tornar a primeira empresa de criptos homologadas junto à CVM.