- McDonald’s ignora Bitcoin e mantém foco em negócios tradicionais.
- SEC aprova decisão da rede de fast food contra criptomoedas.
- Acionistas pressionam, mas McDonald’s rejeita Bitcoin como reserva.
O McDonald’s decidiu oficialmente não entrar no mundo das criptomoedas, ao recusar uma proposta para adicionar Bitcoin ao seu balanço patrimonial. A decisão recebeu o apoio da SEC (Securities and Exchange Commission), que permitiu à rede de fast food ignorar o tema na próxima reunião anual de acionistas, prevista para maio.
A proposta partiu do National Center for Public Policy Research, um think tank conservador que também atua como acionista da empresa. Em uma carta enviada à diretoria do McDonald’s, o grupo sugeriu que a marca seguisse o exemplo de outras grandes corporações e começasse a investir em Bitcoin como reserva de valor. O argumento era simples: ativos imobiliários, tradicionalmente valorizados pela empresa, oferecem segurança, mas não superam o potencial de valorização e liquidez do Bitcoin.
A resposta da empresa veio rapidamente. O departamento jurídico do McDonald’s consultou a SEC para saber se poderia excluir a proposta sem sofrer sanções legais. Em um parecer datado de 28 de março, a SEC afirmou que a sugestão de adicionar Bitcoin aos ativos da empresa se enquadra nas operações comuns de negócios. Por isso, o órgão não recomendaria qualquer ação punitiva caso a proposta fosse deixada de fora do material de votação.

McDonald’s
A decisão da SEC fortaleceu a posição da rede de fast food, que prefere manter o foco nos negócios tradicionais e evitar o risco das criptomoedas. Mesmo com a alta recente no preço do Bitcoin, impulsionada após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro, a empresa optou pela cautela.
Essa não foi a primeira vez que acionistas propuseram a adoção de Bitcoin por grandes empresas. A MicroStrategy, comandada por Michael Saylor, virou referência ao transformar o BTC em seu principal ativo estratégico. Recentemente, a GameStop anunciou a captação de US$ 1,5 bilhão para comprar a criptomoeda. Em contrapartida, empresas como a Microsoft recusaram movimentos semelhantes após votações internas.
Assim, com essa decisão, o McDonald’s se junta ao grupo de companhias que resistem à pressão por criptoativos em seus balanços. Para a empresa, o Bitcoin ainda não representa uma alternativa segura frente à sua sólida estratégia baseada em imóveis e operações globais.