Integrantes do Parlamento norueguês estão querendo abolir a taxa reduzida de eletricidade para prática de mineração de criptomoedas no país.
O motivo não é ecológico, mas sim voltado às finanças e escassez energética no país
O ministro das finanças da Noruega Trygve Vedum propôs que o governo cancele o programa que permite que empreendedores de mineração em criptomoedas paguem pela eletricidade de forma reduzida, como acontece em outros setores do comércio e indústria no país.
De acordo com Vedum, a retirada dos mineradores do programa acarretaria em mais de US$ 14 milhões em receita para o Estado.
A proposta foi apresentada pelo parlamentar nesta quinta-feira (06), alegando o aumento da demanda de eletricidade em regiões que possuem fazendas de mineração de criptomoedas.
“Agora estamos em uma situação completamente diferente no mercado de eletricidade do que em 2016, quando foram introduzidos incentivos para mineradores. Em muitas regiões o fornecimento de eletricidade está agora sob pressão da demanda, elevando os preços”, disse Vedum.
De acordo com o ministro, no momento o país precisa de toda a sua capacidade energética voltada à população.
A Noruega é um dos países europeus que tem se mostrado contra a prática da mineração, assim como a Suíça e a Alemanha.
Conforme apresentado, a motivação não é sobre a suposta poluição causada pela mineração, até porque quase 100% da mineração de criptomoedas no país é livre de produção de CO2 na atmosfera.
A motivação é principalmente financeira, e também voltada à escassez de energia na Europa.