Ao passo que empresas estão começando a aceitar bitcoin e outras criptomoedas, ainda de forma tímida, há um outro setor que já está na frente na adoção dos criptoativos, o setor filantrópico. Enquanto para a iniciativa privada aceitar criptomoedas como forma de pagamento pode ser um terror fiscal, para as instituições sem fins lucrativos a história é diferente.
Atualmente, as empresas que aceitam criptomoedas geralmente não oferecem nenhum tipo de benefício para incentivar as pessoas a usarem esse meio de pagamento. E em alguns casos que as empresas oferecem algum tipo de benefício, este não é forte o suficiente para muitos HODLers.
Já para as organizações sem fins lucrativos é muito mais fácil aceitar doações em critpomoedas. Afinal a maior parte dos governos não consideram isso um evento tributável. Inclusive, em alguns países é permitido a amortização do imposto utilizando as doações de criptoativos para organizações filantrópicas.
De fato, o interesse em doar em criptomoedas tem superado o interesse em doar outros tipos tradicional de ativos. Como mostra dados do Google Trends, o interesse pelo termo “donate bitcoin” (doar bitcoin) já superou a busca pelo termo “donate stocks” (doar ações). Em partes, a prevalência pela busca de doação em bitcoin se dá pela facilidade e pelos benefícios de isenção que o doador adquire.
Criptomoedas auxiliam causas sociais
Além disso, as organizações sem fins lucrativos tem conseguido reunir cada vez mais seguidores engajados que defendem suas causas, atraindo inclusive a atenção de grandes empresas.
Por exemplo, recentemente a Binance anunciou a doação de US$ 1,5 milhões para ajudar as vítimas do coronavírus de Wuhan. Anteriormente a exchange comandada por Changpeng Zhao havia se comprometido em doar US$ 1 milhão para ajudar no combate aos incêndios florestais na Austrália. E esse são apenas alguns exemplos entre tantos.
No último ano, dobrou o número de organizações sem fins lucrativos que aceitam bitcoin ou doações em outras criptomoedas. Inclusive, grandes nomes do setor passaram a aceitar doações em criptoativos, como UNICEF, Rainforest Foundation, Human Rights Foundation entre outras.