Depois da União Europeia, agora é a vez dos Estados Unidos votarem a discutir a mineração de criptoativos e a problemática energética e ambiental.
De volta à polêmica
Um grupo de congressistas pediu à Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) que proíba a mineração de criptomoedas que usam um algoritmo de consenso ambientalmente prejudicial.
Os legisladores liderados pelo deputado Jared Huffman enviaram uma carta com a solicitação ao administrador da EPA, Michael Regan.
A primeira preocupação dos políticos é que as fazendas de mineração possam estar violando as Leis de conservação do ar e água, e estejam aumentando as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
A segunda e menor preocupação envolve o gasto energético.
Na solicitação os congressistas disseram que “à medida que as criptomoedas proliferam, é importante avaliar adequadamente os riscos ambientais associados à mineração”.
O texto cita a Ordem Executiva aprovada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que alterou a abordagem do governo federal às criptomoedas.
Também citaram a disposição do Departamento de Proteção Ambiental de Nova York (DEC) para revogar a licença da mineradora Greenidge e da Ameren por questões de violações ambientais.
O documento citou as criptomoedas bitcoin (BTC), Ether (ETH), Monero (XRM) e ZEC (ZCash), dizendo que a mineração de criptomoedas como estas está “envenenando a natureza e tornando mais difícil para o governo enfrentar a crise climática”.
E o documento também compara os processos de prova de trabalho (PoW) e prova de participação (PoS), mostrando que a PoS consome -99,99% da energia que consome a PoW.
Por fim, incluiu uma nova problemática ao processo, o de descarte de equipamentos de informática.
Segundo fontes, a quantidade anual de lixo eletrônico gerado pela mineração é de quase 30.700 toneladas.
O grupo norte americano Bitcoin Mining Council, criado por empresas de mineração após a polêmica gerada por Elon Musk sobre a mineração de criptomoedas, não foi convidado para debater o assunto.