- Os desenvolvedores do Polygon estão planejando aumentar a taxa de transferência de transações na rede em 33%
- De acordo com a Polygon, o limite por bloco será ajustado de 45 para 60 milhões de gás, o que eleva a capacidade de 1.071 para 1.428 transações
- Essa atualização ocorre em resposta à crescente demanda por stablecoins e ativos tokenizados
A Polygon Labs anunciou que aumentará em 33% o limite de gás por bloco, o que ampliará significativamente a capacidade da rede. Essa atualização ocorre em resposta à crescente demanda por stablecoins e ativos tokenizados. Com isso, a Polygon se posiciona para competir com redes como Ethereum e Tron. Além disso, a mudança pretende antecipar congestionamentos, garantindo melhor desempenho para aplicações financeiras.
Stablecoins impulsionam a estratégia e reposicionam foco da rede
De acordo com a Polygon, o limite por bloco será ajustado de 45 para 60 milhões de gás, o que eleva a capacidade de 1.071 para 1.428 transações. Embora a rede já funcione com alto desempenho, a meta de longo prazo é alcançar 10 mil transações por segundo. Para isso, a infraestrutura precisa escalar de forma segura e eficiente.
Segundo Adam Dossa, vice-presidente de engenharia da Polygon, a decisão é estratégica. Afinal, o uso de stablecoins cresce de forma acelerada. Além disso, a empresa vê grande potencial nos ativos do mundo real tokenizados, como títulos do Tesouro dos EUA. Como resultado, a Polygon está sendo redesenhada para atender setores financeiros tradicionais, e não apenas o universo DeFi.
Atualmente, a Polygon hospeda mais de US$ 3 bilhões em stablecoins, enquanto a Ethereum tem US$ 156 bilhões, e a Tron US$ 79 bilhões. Portanto, a atualização visa também encurtar essa distância. Ao mesmo tempo, ela garante que a rede continue competitiva e preparada para novos fluxos de capital. Dossa acrescenta que a mudança ocorrerá ainda no início do quarto trimestre.
Avanço técnico exige contrapartidas, mas solução já está em testes
Embora o aumento do limite de gás traga ganhos em desempenho, ele também gera desafios. Por exemplo, blocos maiores exigem mais validação e armazenamento. Com isso, aumenta o risco de centralização. Além disso, o “estado” da rede pode crescer de forma descontrolada, dificultando a sincronização entre nós.
Entretanto, a Polygon já está testando a tecnologia chamada “statements verification”. Esse recurso, ativo na testnet Amoy, permite que validadores processem blocos maiores sem armazenar toda a blockchain. Dessa forma, os custos operacionais diminuem, sem comprometer a segurança. Ainda que a solução esteja em fase de testes, ela promete resolver limitações que outras redes enfrentam ao tentar escalar.
Por fim, ao unir inovação técnica e antecipação de demanda, a Polygon pretende liderar a nova fase da blockchain voltada a finanças tradicionais.