Enquanto o Bitcoin normalmente é negociado a um preço médio semelhante nos 4 cantos do mundo, na Coreia do Sul este valor é diferente.
No momento da redação desta reportagem o Bitcoin estava sendo cotado em média, em aproximados US$ 56.000 dólares nas exchanges distribuídas pelo mundo, entretanto, nas exchanges da Coreia do Sul este valor era de US$ 64.000 dólares.
Isto ocorre devido ao Kimchi Premium, um dado analítico específico dos criptoativos, vigente na Coreia do Sul desde 2016.
Trata-se da diferença nos preços das criptomoedas negociadas nas exchanges sul coreanas em comparação com demais exchanges do mundo.
O Kimchi Premium é basicamente fundamentado no preço do Bitcoin, mas acomete todos os criptoativos.
Por exemplo, o preço do Ethereum (ETH) estava sendo negociado na exchange OKEX da Coreia do Sul 13% acima do preço praticado na exchange Binance.
Os principais motivos para que haja estas diferenças de preço entre os países e a Coreia do Sul se baseiam nas questões legislativas e econômicas do país.
Na Coeria do Sul não é permitido que estrangeiros possuam contas em suas exchanges, assim como os residentes da Coreia do Sul não podem ter contas em exchanges internacionais.
Desta forma, praticamente não existe sistema de arbitragem entre exchanges que permita uma equiparação mais fidedigna dos preços.
Em procedimentos de arbitragem muito divergentes, a ampla migração de capital de uma exchange para outra faz com que os preços de ativos fiquem mais equiparados.
Isto porque a liquidação de tokens para proporcionar lucros na exchange que está praticando um valor menor para o preço do ativo tende a subir, elevando e equiparando os preços entre exchanges diferentes.
Desta forma devido principalmente a questões econômicas e legislativas que estão ocorrendo na Coreia do Sul o mercado cripto está mais aquecido que no restante do mundo.
E assim, este indicador pode inclusive servir como uma análise de sentimento do atual mercado criptográfico.