John Louis Anthony Bigatton, um promotor australiano de criptomoedas, admitiu sua participação na promoção dos serviços de empréstimo da BitConnect sem possuir a licença necessária para oferecer serviços financeiros.
A Comissão de Valores Mobiliários da Austrália (ASIC) alegou que Bigatton promoveu a plataforma de empréstimo de criptomoedas em quatro seminários e através de duas postagens nas redes sociais, incentivando investidores a comprar moedas BitConnect (BCC) com a promessa de altos retornos.
‘Senhor Bigatton forneceu consultoria sobre produtos financeiros sem possuir uma licença de serviços financeiros australianos ou autorização para fornecer serviços financeiros sobre a plataforma de empréstimo’, declarou a Comissão Australiana de Valores Mobiliários (ASIC) em um comunicado de 17 de maio.
Esquema de ponzi disfarçado
A BitConnect, que operava como um esquema de Ponzi, prometia altos rendimentos aos investidores que emprestassem BCC por um período fixo, durante o qual não podiam controlar seus investimentos ou retirar seu dinheiro.
O esquema pagava os primeiros investidores com o dinheiro dos investidores mais recentes, o que levou a seu colapso em 2018 e a perdas de mais de US$ 2,4 bilhões para os investidores. A BitConnect fechou suas operações em janeiro de 2018, e os fundadores desapareceram com o dinheiro dos investidores.
Consequências e sentença
Bigatton será julgado em uma audiência marcada para 5 de julho. Este caso destaca os riscos associados a investimentos em plataformas não regulamentadas e a importância de verificações rigorosas antes de se comprometer com investimentos financeiros.
Em janeiro de 2023, um tribunal dos EUA ordenou a restituição de US$ 17 milhões aos investidores fraudados pela BitConnect, mas muitos ainda enfrentam desafios para recuperar seus fundos, e o paradeiro do fundador Satish Kumbhani permanece desconhecido.