- Bitcoin pode enfrentar queda de 70% após novas máximas
- Ciclos históricos apontam risco elevado para investidores
- Ethereum pode surpreender como vencedor tardio do ciclo
Durante meses, o mercado de criptomoedas navegou em um clima de otimismo. Analistas e investidores apontaram para o Bitcoin como protagonista de novas máximas históricas, alimentando expectativas quase inevitáveis de valorização. No entanto, uma voz experiente traz um alerta mais duro e realista.
O analista Benjamin Cowen, fundador da IntoTheCryptoverse, defende que os mesmos ciclos que levaram o Bitcoin a picos impressionantes também podem preparar o terreno para uma correção brutal. Ele lembra que a história do ativo é marcada por movimentos extremos, e ignora-la pode custar caro.
Ciclos históricos reforçam a previsão
Cowen aponta para o halving do Bitcoin como gatilho central dessa dinâmica. A cada quatro anos, a redução da emissão de novas moedas tende a provocar fortes ondas de valorização. Mas, segundo ele, a euforia sempre tem um preço. O padrão já mostrou quedas devastadoras: 94% em um ciclo, seguidas por baixas de 87% e 77% nos períodos seguintes.
Com base nesse histórico, o analista considera improvável que o atual ciclo fuja à regra. Para ele, uma queda em torno de 70% após novas máximas não seria apenas possível, mas sim coerente com o comportamento do ativo. Esse movimento, segundo sua leitura, já está inscrito no próprio DNA do Bitcoin.
Ainda assim, Cowen não prega o fim da linha. Ele projeta que o Bitcoin deve alcançar seu pico no último trimestre de 2025, em um movimento típico de euforia. Depois disso, viria a correção, com espaço para uma reentrada mais segura no mercado por volta de meados de 2026.
Ethereum pode surpreender no ciclo
Curiosamente, Cowen não vê todo o cenário com pessimismo uniforme. Enquanto projeta dificuldades para o Bitcoin, ele aponta que o Ethereum (ETH) pode emergir como destaque tardio do ciclo. A expectativa é de que o ETH, mesmo sofrendo pressões no curto prazo, conquiste espaço no momento final da correção.
Esse olhar mais otimista para o Ethereum contrasta com o alerta para o Bitcoin, criando uma visão equilibrada do setor. Para o analista, entender os ciclos é essencial para não cair em armadilhas do excesso de confiança que costuma dominar nos períodos de euforia.
O recado é claro: embora o Bitcoin ainda possa registrar fortes ganhos nos próximos meses, o verdadeiro teste virá após o pico. Se as previsões de Cowen se confirmarem, investidores terão de lidar com um dos maiores desafios do mercado, sobreviver ao lado sombrio do ciclo de quatro anos.

