A música mudou!
Dos LPS e fitas cassete vieram os Cds, do formato WAVE veio o MP3, e as lojas que “vendiam” música sumiram das ruas e shoppings.
Além disto, as plataformas de Streaming abraçaram a tecnologia digital e mudaram a forma como ouvimos música.
Por outro lado, a maior benfeitoria destas empresas não foi prover uma plataforma intuitiva de músicas aos seus usuários, mas sim, remunerar artistas dentro destas plataformas, diminuindo o consumo de pirataria.
Mas a tecnologia digital não parou por aí, e recentemente a blockchain tem entrado para o mundo musical.
Através de contratos inteligentes, toda a gestão de contabilidade e pagamentos de serviços contratados entre artistas e empresas do ramo musical podem agora eliminar a intermediação de terceiros na divisão de lucros e acerto dos pagamentos.
Mais que isso, a blockchain pode fornecer uma variedade de novas possibilidades que podem ajudar artistas menos expressivos a crescerem dentro deste concorrido mundo do entretenimento, onde uma pequena parte dos artistas recebem a maior parte dos Royalties do mercado.
São os casos da OPUS, por exemplo, que já utiliza duas redes P2P e a rede Ethereum para eliminar intermediários nas formas de pagamentos, ou da empresa Open Music Iniciative que usa tecnologia blockchain para identificar os direitos autorais dos artistas, servindo plataformas como Sony, Youtube, Netflix e SoundCloud.
Apenas um exemplo da importância disto, agora entendo porque eu não consigo postar alguns sets de músicas na plataforma do SoundClound, onde possuo conta.
De fato, há uma blockchain lá revisando todos os direitos reservados aos autores, impedindo plágios ou que artistas sejam remunerados na plataforma utilizando produtos de outros artistas.
*Apenas para me justificar, a minha conta não é passível de remuneração, assim, não almejo lesar artistas, mas sim “ajudar” a divulgar seus trabalhos.
Voltando ao assunto, até a gigante Warner Music já possui investidos mais de US$11 milhões de dólares em uma parceria com a Dapper Labs, provedora de blockchains.
Rock e blockchain na veia
Falando em Dapper Labs, a conceituada banda de rock inglesa MUSE, autora dos hits “Starlight” e “Hysteria”, é uma das que tem utilizado a tecnologia blockchain.
No ano passado a banda gravou a música “Algorithm” que aborda o conceito de novas tecnologias, e neste ano deu um passo a mais, criando colecionáveis na plataforma blockchain da CryptoKitties.
Agora, os fans da banda poderão comprar seus dois gatinhos virtuais, o Mibbles e Marty, podendo agregar o “DNA da banda” em seu portfólio de colecionáveis.
Este é mais um exemplo de como as blockchains estão sendo utilizadas para propiciarem maior interação entre o público e seus artistas favoritos, alavancando a exposição da banda na media, e aumentando os ganhos sem a intermediação de terceiros.