A grande maioria das pessoas tem dúvidas sobre onde comprar ou vender criptomoedas.
Muitas questões como segurança, taxas, agilidade e informação ao fisco são levadas em consideração pelos usuários antes de fazer suas negociações em ativos digitais.
Saber como pensam e quais os objetivos de cada casa de câmbio é importante. Por isso entramos em contato com José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, uma das maiores exchanges do Brasil, que prontamente nos atendeu. Confira comigo:
Felipe Escudero: Em 2018 surgiram dezenas de exchanges no Brasil, motivadas pelo boom de preços de 2017, que levou o bitcoin a ser negociado na casa dos 60mil reais.
Como a Coinext enxerga esse aumento de empresas e startups, e quais os desafios para ter um diferencial perante tantas opções no mercado.
José Artur Ribeiro: Realmente o mercado passou de inexplorado à saturado em pouquíssimo tempo. A barreira de entrada é pequena, mas a continuidade no longo prazo é bastante desafiadora. Entramos no mercado sabendo dos principais desafios e estávamos/estamos preparados. Boicote por parte dos bancos; proibição de anúncios em grandes anunciantes como Google e Facebook; desinformação das autoridades e da população que enxergam as criptomoedas como ferramenta para atos ilícitos. Mas somos convictos do potencial disruptivo das criptomoedas e esta certeza nos faz superar todo e qualquer obstáculo pela frente.
Felipe Escudero: Recentemente tivemos alguma movimentação da CVM e de reguladores brasileiros em relação a criptomoedas. O que a vocês esperam no âmbito regulatório para os próximos anos?
José Artur Ribeiro: Acredito que estamos no início de um processo de formalização do mercado de criptomoedas. Isso mostra que os ativos digitais vieram para ficar, mas ainda é muito cedo para imaginar o que vem por aí. Temos o compromisso de participar ativamente no processo regulatório, participando das associações, comitês e consultas públicas, e iremos manter nossa base de usuários informada sempre que houver alguma novidade a este respeito.
Felipe Escudero: Muito se fala em bitcoin e criptomoedas para lavagem de dinheiro. Vocês entendem que exchanges devem ter algum papel na fiscalização de práticas ilegais envolvendo criptomoedas?
José Artur Ribeiro: Antes de tudo, é importante lembrar que lavagem de dinheiro é uma prática que existe há séculos, ou seja, bem antes das criptomoedas existir. Na Coinext, tomamos o cuidado para não conectar a imagem da empresa e, consequentemente, das criptomoedas com nenhuma atividade ilícita. Por isso, temos um processo de KYC que nos auxilia nesse papel, obviamente, respeitando e investindo recursos na manutenção da privacidade dos dados dos nossos usuários.
Felipe Escudero: O preço do bitcoin – e da grande maioria das criptomoedas – caiu muito nos últimos meses. Como a Coinext enxerga a recuperação de preços para o mercado? E quais os desafios para manter a empresa competitiva nessa queda de mercado?
José Artur Ribeiro: Entendemos que 1 (um) bitcoin é igual a 1 (um) bitcoin e o preço está relacionado diretamente à oferta e demanda. Creio que os aspectos externos que interferem no preço terão cada vez menos relevância.
Felipe Escudero: Hackers estão sendo um grande problema na comunidade de criptomoedas. Toda semana temos um novo caso de roubo envolvendo grandes exchanges pelo mundo. Recentemente a casa de câmbio Neozelandesa Cryptopia foi roubada e o prejuízo para os clientes passa da casa dos 10 milhões de dólares.
Quais são as medidas de segurança que a Coinext toma para blindar seus fundos?
José Artur Ribeiro: Segurança é nossa prioridade. Não medimos esforços nem recursos financeiros para mitigar os riscos de todo e qualquer tipo de ataque cibernético. Cerca de 30% da nossa receita de comissão é destinada a questões relacionadas a segurança. Não economizamos com segurança. Tivemos o cuidado de contratar seguro contra possíveis ataques cibernéticos à nossa ‘Hot-Wallet’ e fazemos continuamente testes sobre o desempenho da plataforma.
Felipe Escudero: Há algum produto ou serviço oferecido pela empresa, além da negociação de criptomoedas?
José Artur Ribeiro: Não seria necessariamente outro produto, mas temos um Programa de Afiliados. Oferecemos aos usuários a chance de indicar amigos e ganhar comissão sobre as taxas geradas nas negociações realizados pelo amigo indicado. Os resultados foram surpreendentes! Tem usuários ganhando mais de R$2.600 por mês.
Felipe Escudero: Obrigado José Artur Ribeiro, foi um prazer tê-lo conosco aqui no Bit Notícias.
Agradecemos o bate-papo e bons negócios!
José Artur Ribeiro: Eu que agradeço a oportunidade de discutir essas questões que são, sem dúvidas, muito importantes para o setor, e também por poder mostrar um pouco mais sobre a Coinext no seu canal, Felipe.
Para conhecer mais a Coinext, acesse https://coinext.com.br/