- O Timeboost da Arbitrum gerou US$ 2 milhões em taxas desde seu lançamento em abril de 2025
- O sistema estabelece uma “pista expressa” que diminui a latência e reduz a atividade prejudicial de caçadores de MEV
- Com mais de US$ 2 milhões retornando à DAO em apenas três meses, o Timeboost representa nova fonte de receita para o ecossistema Arbitrum
Desde abril, o sistema de priorização de transações Timeboost, lançado pela Arbitrum na Arbitrum One e Nova, gerou mais de US$ 2 milhões em taxas para o tesouro da DAO. Esse montante itemiza uma nova fase na estrutura de governança e receita das redes Layer‑2 da Ethereum.
Timeboost reduz congestionamento e melhora experiência do usuário
A novidade vem com um leilão interno que permite aos usuários pagar por prioridade. Assim, o sistema estabelece uma “pista expressa” que diminui a latência e reduz a atividade prejudicial de caçadores de MEV (Miner Extractable Value). Além disso, o formato de leilão de segunda oferta garante que o maior ofertante pague apenas o segundo maior lance, preservando transparência e justiça no processo.
11 weeks since Timeboost went live on Arbitrum One!
total Timeboost fees collected – $2M pic.twitter.com/BT2vkW484d
— Arbitrum (@arbitrum) July 2, 2025
Enquanto isso, transações comuns continuam em fila padrão. Porém, com expansão gradual, 20% a 30% do volume diário de DEXs já usa o Timeboost, os block times permanecem rápidos e confiáveis mesmo sob forte demanda. Portanto, o sistema equilibra eficiência, redução de congestionamento e proteção contra front-running.
Reação do mercado e riscos à descentralização
O impacto econômico é expressivo. Com mais de US$ 2 milhões retornando à DAO em apenas três meses, o Timeboost representa nova fonte de receita para o ecossistema Arbitrum, que detém cerca de 3,5 bilhões de tokens ARB, avaliados em mais de US$ 1,3 bilhão. Isso reforça a viabilidade de modelos de governança que reinvestem nas comunidades.
Contudo, surgem críticas sobre risco de centralização. A eventual consolidação do controle do sequencer e decisões sobre distribuição de receitas podem concentrar poder, pedindo atenção à governança comunitária. Por isso, muitas vozes defendem uma governança mais ampla ou múltiplos operadores de sequencers para repartir influência.
Além disso, ajustes nos parâmetros, como atrasos para transações não priorizadas, dependem de votação da comunidade. Isso reforça a necessidade de transparência e estudo contínuo para equilibrar receita, descentralização e segurança da rede.