- Tesouro dos EUA autoriza staking institucional em ETFs de criptomoedas
- Nova regra transforma staking em investimento regulamentado e seguro
- Ethereum e Solana ganham impulso com abertura para fundos
O departamento do tesouro dos Estados Unidos anunciou uma medida que pode transformar a relação entre o mercado financeiro tradicional e os ativos digitais. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Serviço de Receita Federal (IRS), marca um avanço na integração entre finanças convencionais e criptoeconomia.
A nova diretriz autoriza ETFs e fundos fiduciários de criptomoedas a realizarem staking, processo que valida transações em redes Proof-of-Stake (PoS), permitindo ainda que as recompensas sejam distribuídas diretamente aos investidores. A decisão amplia o alcance institucional das criptomoedas e oferece maior clareza regulatória ao setor.
Marco regulatório para o staking institucional
O Procedimento de Receita 2025-31 cria base legal para que fundos regulamentados realizem staking conforme normas tributárias e supervisão financeira vigentes. A nova regra elimina incertezas fiscais sobre recompensas de staking, removendo barreiras que antes restringiam o capital institucional no mercado cripto.
A regulamentação determina que os fundos só podem aplicar staking sob condições específicas, como a participação obrigatória de um custodiante licenciado, o uso de apenas um tipo de ativo digital por produto e a garantia plena dos direitos de resgate, mesmo quando os tokens estiverem bloqueados na rede.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, classificou a decisão como um “marco para a inovação financeira”, destacando que os Estados Unidos reforçam sua posição de liderança em ativos digitais.
“Pela primeira vez, investidores institucionais poderão obter retornos estruturados e conformes a partir de redes blockchain”, afirmou Bessent.
ETFs de Ethereum e Solana ganham nova perspectiva
A medida representa uma mudança profunda para redes como Ethereum, Solana e Cardano, que operam com mecanismos de Proof-of-Stake. Porém, a partir de 2026, ETFs poderão fazer staking ativo sem classificação operacional, simplificando tributos e ampliando o acesso institucional ao mercado cripto.
O Tesouro agora trata os rendimentos do staking como ganhos de capital regulares, criando um ambiente mais previsível e atrativo para gestores e investidores.
Especialistas afirmam que a decisão pode atrair bilhões, transformando o staking em fonte legítima de rendimento global e fortalecendo o sistema financeiro.
Com essa abertura, os Estados Unidos assumem a dianteira na integração entre finanças e blockchain, garantindo segurança, transparência e amparo legal aos investidores. Além disso, os analistas alertam que apenas uma supervisão contínua e fiscalização rigorosa garantirão segurança, prevenindo abusos e riscos regulatórios no novo modelo.

