Recentemente, o aplicativo de caronas, Uber, perdeu sua licença para operar em Londres. Segundo o órgão regulador da capital britânica, Transport for London, a decisão negativa de renovação de licença se deu devida a “diversas violações que colocam os passageiros e sua segurança em risco”. Para que a Uber possa recorrer da decisão do órgão regulador, a
empresa deve implementar medidas que eliminem os riscos de segurança.
Segundo fontes da Wired, a Uber pode ser obrigada a coletar dados biométricos de seus motoristas para melhorar a segurança dos passageiros, pois de acordo com o órgão regulador, cerca de 14 mil viagens da Uber foram realizadas por motoristas que falsificaram suas identidades. A medida, ainda não anunciada em público, é controversa pois muitas pessoas não confiam nas grandes empresas de tecnologia como guardiões de nossa identidade virtual.
Apesar de uma varredura biométrica fornecer um alto nível de segurança de que a pessoa ao volante é realmente a pessoa autorizada a dirigir, a solução levanta inúmeros problemas, como bem diz Tom Elvidge, motorista da Uber, que afirmou, “minha posição é bastante clara sobre isso – enquanto os detalhes do cartão de crédito de clientes Uber continuar
vazando por toda a web, eu não desejo entregar meus dados biométricos”.
Para contornar esse problema, Abbas Ali, chefe de identidade digital da R3, propõem “usar a blockchain como uma tecnologia central para verificar a si mesmo, de maneira a preservar a privacidade”.
Desde 2016, a empresa está desenvolvendo o Corda, uma plataforma blockchain que oferece uma solução de identidade sem que o usuário precise comprometer sua privacidade.
Segundo Ali, o Corda possibilita que os usuários verifiquem a si mesmo tirando uma selfie ou com a impressão biométrica, então algoritmos irão confirmar a autenticidade e a semelhança da imagem e as gravariam em uma blockchain inviolável, sem a necessidade de grandes empresas retenham esses dados.
