O Bitcoin Tokenizado (WBTC) assumiu a segunda posição no ranking DeFi de capitalização de mercado do CoinMarketCap nesta semana.
Saltando do sexto lugar no ranking DeFi, o WBTC ultrapassou os protocolos YFI, UMA, DAI e LEND de uma vez só, e agora enxerga de longe o líder LINK.
Nós mostramos em uma reportagem (17.09.20) que o WBTC havia batido recorde na rede Ethereum com mais de 68 mil tokens emitidos, e capitalização de mercado de US$683 milhões de dólares.
Hoje, já são aproximados 77 mil tokens WBTC na rede Ethereum, o que em valor de mercado representam US$847 milhões de dólares, uma alta de 24% em 4 dias.
O número de Bitcoins em custódia na rede também aumentou de 94 mil para mais de 108 mil unidades, alta de 14,8%.
No ranking dos Tokens, onde o Tether é o líder, o WBTC ocupa o 7º posto. No ranking geral de capitalização de mercado o WBTC ocupa a 25ª posição, custando US$10.958 dólares a unidade.
Wrapped Bitcoin (WBTC)
Desde que a governança executiva da plataforma Maker incluiu o WBTC como nova opção de garantia em exchanges descentralizadas (DEX) e DeFis, o Token do Bitcoin se destacou no mercado.
Atualmente, várias outras plataformas DeFi e exchanges também oferecem o Token WBTC, como o Compound, Binance, OkeX, Huobi, Curve, AAVE, e Uniswap, entre outros.
O WBTC é administrado por uma Organização Autônoma Decentralizada (DAO), controlado por contratos multi assinados.
Ele é um token padrão ERC-20 lastreado 1:1 com o Bitcoin. Isto significa que para cada WBTC na rede Ethereum há 1 Bitcoin mantido em custódia em contrato inteligente.
O WBTC padroniza o Bitcoin para o formato ERC-20, criando contratos inteligentes diretos com Bitcoin facilitando a homologação de contratos que integrem a sua transferência.
Com o WBTC, gerou-se uma maior liquidez ao ecossistema Ethereum, pois o maior volume de transações que ocorrem nos protocolos DeFis de exchanges centralizadas e descentralizadas é com Bitcoin.
Com isso, a rede tinha que manter vários nós e gerenciar diferentes tipos de transações para oferecer suporte a vários ativos digitais, o que era mais complexo e oneroso.
Agora, as exchanges, as negociações, as carteiras e aplicativos de pagamento, e os diferentes tipos de investimentos descentralizados só precisam lidar com um nó da rede Ethereum.
O Mercado
O mercado DeFi trouxe consigo os criptoativos sintéticos criados nas plataformas ou operações Synthetics.
Com eles é possível sintetizar e reproduzir Tokens colateralizados lastreados em qualquer tipo de ativo, seja ele criptomoedas, FIAT, minerais como o ouro, Ações, entre outros.
Esses tokens colateralizados trazem uma característica nova ao mercado, pois quando um ativo está mantido em custódia dentro de redes como Ethereum, Binance, e Tron, eles são transformados em ativos sintéticos, aumentando de certa forma o número de ativos existentes.
Vejamos o exemplo do Bitcoin. Neste momento já foram minerados 18.495.512 BTCs conforme o CoinMarketCap, entretanto, 108 mil deles estão presos em custódia nas redes e viraram 108 mil novos Bitcoin tokenizados (WBTC).
É como se houvesse um número maior de Bitcoins no mercado.
Tanto que mais de US$1,1 bilhão de dólares em Bitcoin que estão em custódia têm ajudado e muito o salto dos protocolos DeFi em capitalização de mercado.
O mercado DeFi das exchanges centralizadas tem crescido bastante, sendo a Binance uma das principais listadoras de ativos tokenizados.
Entretanto, os investidores também podem trocar suas criptomoedas em ativos tokenizados em diversas DEX como a Kyber, Set Protocol, Dharma, Ren, AirSwap, entre outras.
Nas exchanges, para que haja a emissão de um ativo tokenizado o investidor deve passar por um KYC/AML com uma plataforma que forneça o token do usuário ao custodiante.
Este então produzirá a quantidade do ativo tokenizado equivalente ao valor do investimento solicitado.
Por outro lado, o investidor pode resgatar a sua criptomoeda e assim “queimará” ou destruirá o ativo tokenizado. Isto pode ocorrer automaticamente na liquidação de um contrato inteligente, por exemplo.
Cada vez mais novos produtos de blockchain estão surgindo no mercado, e isso têm criado um modelo de finanças mais abrangente para as criptomoedas.
Com isso, novas formas de investimento estão surgindo nas finanças descentralizadas, e têm atraído uma gama diferenciada de novos investidores ao mercado.