- Changpeng Zhao (CZ) negou qualquer vínculo com o projeto World Liberty Financial, após uma reportagem do Wall Street Journal sugerir seu envolvimento em intermediações políticas internacionais
- De acordo com o WSJ, Zhao teria ajudado o WLF a estabelecer conexões com figuras importantes do governo paquistanês
- Além da defesa de Zhao, o próprio World Liberty Financial publicou uma nota oficial para rebater as alegações do WSJ
Changpeng Zhao (CZ), ex-CEO da Binance, negou veementemente qualquer vínculo com o projeto World Liberty Financial (WLF), após uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ) sugerir seu envolvimento em intermediações políticas internacionais. A publicação apontava que CZ teria atuado como facilitador entre o WLF e autoridades estrangeiras, incluindo representantes do governo do Paquistão. Contudo, Zhao respondeu prontamente nas redes sociais, afirmando que jamais desempenhou esse papel e que as alegações são infundadas.
WSJ acusa CZ de intermediar contatos internacionais para o WLF
De acordo com o WSJ, Zhao teria ajudado o WLF a estabelecer conexões com figuras importantes do governo paquistanês. Entre elas, estaria Bilal bin Saqib, conselheiro sênior do Conselho de Criptomoedas do Paquistão. No entanto, CZ afirmou que conheceu Saqib pela primeira vez durante sua visita ao país, reforçando que o conselheiro já possuía relação direta com o WLF.
Another hit piece from Wall Street Journal. WSJ instead of doing journalism, has pretty much resorted to Cunningham’s Law, with negative intentions.
"Cunningham's Law: The best way to get the right answer on the Internet is not to ask a question; it's to post the wrong answer."…
— CZ 🔶 BNB (@cz_binance) May 23, 2025
Além disso, Zhao argumentou que a reportagem representa mais um ataque contra o setor de criptomoedas, acusando o WSJ de promover uma agenda anti-cripto. Segundo ele, a narrativa do jornal distorce os fatos e tenta desestabilizar a credibilidade da indústria, especialmente nos Estados Unidos. Por esse motivo, CZ reiterou que não tem qualquer envolvimento com o projeto nem interesses financeiros vinculados ao WLF.
Apesar do tom da reportagem, Zhao enfatizou que sua atenção está voltada aos processos que enfrenta nos EUA. Portanto, ele classificou a matéria como um esforço para desviar o foco das contribuições positivas da indústria de blockchain.
World Liberty Financial também nega qualquer colaboração com o ex-CEO da Binance
Além da defesa de Zhao, o próprio World Liberty Financial publicou uma nota oficial para rebater as alegações do WSJ. De acordo com o comunicado, a entidade não coordenou nenhuma atividade com CZ e tampouco envolveu-se em tratativas governamentais relacionadas à política externa dos Estados Unidos. O WLF reforçou que sua atuação é estritamente comercial e centrada no desenvolvimento de soluções financeiras.
Adicionalmente, a empresa destacou que a stablecoin USD1, lançada recentemente, atraiu investimentos relevantes. Entre eles, um aporte de US$ 2 bilhões de um fundo apoiado pelos Emirados Árabes Unidos e US$ 75 milhões de Justin Sun, fundador da Tron. Por isso, o WLF considera que as acusações carecem de fundamento e prejudicam a percepção pública sobre seus objetivos.
Ambos, CZ e WLF, afirmaram que seguem operando dentro da legalidade e com total transparência. Embora o episódio tenha gerado repercussão negativa, também expôs o impacto da crescente interação entre o universo cripto e ambientes políticos sensíveis. Ainda assim, nenhuma evidência concreta foi apresentada para sustentar as alegações feitas pelo WSJ até o momento.