Você se lembra do jogo Second Live?
Criado em 2003, o Second Live trouxe uma realidade de vida paralela aos seus usuários. Este jogo 3D que simulava uma sociedade normal permitia que os seus jogadores criassem um personagem e vivessem dentro do jogo uma vida normal.
Lá eles usavam dinheiro de verdade, iam a lugares, compravam coisas, trabalhavam, interagiam com outros personagens, faziam reuniões e até namoravam, tudo como na sociedade normal.
O conceito inclusive extrapolou o mundo virtual e empresas passaram a investir dentro do jogo com anúncios, publicidade, entretenimento e até palestras.
Pois bem, nessa vibe de sermos vários personagens, na vida real, no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e em tantas outras plataformas que a blockchain foi levada para dentro de um outro mundo virtual. É o Decentraland!
Criando uma plataforma de jogo semelhante ao Second Live, o Decentraland existe há mais de 3 anos, e recentemente implantou um sistema para que seus usuários utilizem óculos 3D, e assim serem ainda mais incorporados à realidade virtual do jogo.
Na cidade, toda economia é gerida dentro da plataforma do Ethereum, e o dinheiro circulante é o Token MANA.
Todas as transações financeiras de compra e venda de produtos, pagamento de serviços, publicidade e propaganda, além da compra de propriedades e de novos avatares, entre tantas outras possibilidades dentro do jogo são registradas em blockchain.
Para termos uma noção da complexidade do que este jogo representa, um usuário pode dentro da cidade adquirir um terreno e construir algo lá que lhe renda criptomoedas, como um ponto de comércio ou uma clínica de psicologia, por exemplo, tendo assim uma renda extra na vida real.
Mas as coisas não são assim tão simples. Apenas para termos uma ideia, um terreno menos bem localizado e de tamanho pequeno na cidade custa em torno de algumas centenas de reais. Já um terreno grande num lugar abastado pode chegar a centenas de milhares de reais.
O projeto Decentraland está evoluindo rapidamente, e os usuários já estão vivendo suas segundas vidas em realidade virtual, e utilizando a tecnologia blockchain e criptomoedas.
A cada inovação na plataforma do jogo os seus desenvolvedores convidam seus usuários a participarem de eventos de inauguração deste novo empreendimento. Seja ele a inauguração de um cinema ou a criação de novas partes da cidade, estes convites na verdade servem para que os desenvolvedores do jogo possibilitem uma interação entre projetistas e usuários com a finalidade de aperfeiçoar e evoluir o jogo.
Desta forma, você está convidado a participar da primeira rodada de “Black Jack” (aquele jogo de poker) que ocorrerá na cidade Decentraland, no dia 25 de setembro às 9pm (UTC) da cidade de Tominoya.
Está claro que o jogo além de um entretenimento também é um meio de negócio que traz para a vida real os resultados da vida abstrata.
A plataforma paga diversos prêmios a seus usuários, e os incentiva a participar do projeto de criação ou publicidade, remunerando os personagens dentro do jogo.
Portanto, além de um investimento em criptomoedas este é um investimento em uma plataforma de jogo, e ambos estes investimentos precisarão de adesão da comunidade e dos gamers, o que já é um ponto de cautela.
Além disto, os usuários terão que se cuidar para não se apaixonarem por um/uma vigarista que poderá levar seus Tokens embora, ou dar all in num blefe sem nada na mão num jogo de cartas, porque apesar da realidade ser virtual, o problema poderá vir para o mundo real.
Mas a ideia é bacana, e insere mais ainda as blockchains e criptomoedas no mundo real, mesmo que o ser esteja vivendo dentro do mundo virtual.