Recentemente o Banco Central do Zimbábue anunciou que lançaria uma moeda digital (CBDC) com lastro no ouro.
Agora, em nota, o Fundo Monetário Internacional (FMI) está pedindo que o governo do Zimbábue reconsidere sua decisão.
Entretanto, o Zimbábue não vê a recomendação do FMI como sendo a melhor para conter a inflação e a depreciação do dinheiro no país.
FMI quer intervir na CBDC do Zimbábue
O FMI formalizou pedido ao governo do Zimbábue para que substituam a introdução de uma moeda digital lastreada em ouro pela liberalização da legislação monetária.
A entidade mundial alegou que a CBDC do Zimbábue nestes moldes não ajudará a resolver problemas macroeconômicos, como a volatilidade da moeda local.
Os especialistas do FMI estão confiantes de que a solução mais adequada seria remover as restrições à taxa de câmbio na qual operam bancos, revendedores autorizados e empresas.
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‘Uma avaliação cuidadosa precisa ser feita para garantir que os benefícios desta medida superem os custos e riscos potenciais, incluindo riscos de estabilidade financeira, riscos legais e operacionais, riscos de gestão e o custo de uma reserva cambial perdida’ disseram os representantes do FMI.
O ponto é que a alta volatilidade da moeda nacional do Zimbabué, aliada à limitada oferta da moeda norte-americana no mercado nacional, já conduziu a uma queda significativa do dólar zimbabweano
Assim, o Banco Central do Zimbábue anunciou planos para lançar uma CBDC lastreada em ouro como parte de intervenções para estabilizar a moeda fiduciária nacional.
Para tanto, de acordo com Rjon Mangudiya, gerente do Banco Central do Zimbábue, o país utilizará suas reservas de ouro como astro de sua CBDC. Assim, supostamente conseguirá estabilizar a queda do dólar zimbabuense e deverá combater a inflação, além de reduzir a demanda por dólares americanos.
Para Mangudiya, seguir as diretrizes aconselhadas pelo FMI, não terão o mesmo efeito na economia do que lastrear a CBDC em ouro.
Em 2021, em visita a El Salvador, o governo do Zimbábue assim como o de outros países africanos e asiáticos receberam recomendações de adoção e empreendimento rumo aos criptoativos, o que foi desaprovado pelo FMI.