- Cardano integra sua blockchain à Brave Wallet, permitindo swaps, governança e gestão de ativos
- Charles Hoskinson confirma série de novas colaborações até o fim de 2025
- Rede adota modelo de desenvolvimento mais aberto, com equipes ágeis e contribuição de terceiros
A Cardano anunciou em 12 de maio uma parceria com a Brave Software para integrar sua blockchain ao Brave Wallet. A parceria marca o início de uma série de colaborações previstas para revitalizar seu ecossistema. A iniciativa resulta de uma colaboração com a Input Output Global (IOG), empresa de pesquisa e desenvolvimento por trás da Cardano.
Com a integração, os 86 milhões de usuários mensais do Brave passam a ter acesso direto à blockchain da Cardano. Dessa forma, poderão participar de votações de governança, realizar trocas de tokens e gerenciar ativos nativos da rede. O objetivo é ampliar a usabilidade do token ADA e fortalecer a presença da Cardano no mercado de criptoativos.
O preço da ADA, criptomoeda nativa da rede Cardano, recuou 2,4% nas últimas 24 horas para US$ 0,79, de acordo com o CoinGecko.

Cardano na Brave Wallet
Em publicação no dia 13 de maio, o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, descreveu a parceria como o primeiro passo da iniciativa chamada “fixing broken windows”, termo utilizado para referir-se a acordos que estavam em negociação desde o desenvolvimento do Midnight, a sidechain focada em privacidade da Cardano.
Hoskinson revelou que a colaboração com a Brave vinha sendo planejada há vários anos e deveria ter sido lançada em 2022, mas enfrentou atrasos causados por interferências externas não especificadas. Apesar disso, ele afirmou que dezenas de integrações semelhantes envolvendo o token ADA e outros ativos nativos estão em andamento.
Além da parceria com a Brave, a Cardano passa por uma reformulação de seu modelo de desenvolvimento. Segundo Hoskinson, o ecossistema foi inicialmente guiado por uma filosofia rigorosa e segura, mas que acabou afastando potenciais colaboradores e retardando a entrega de novos recursos. Para corrigir essa dinâmica, a rede passará a adotar um modelo mais aberto, permitindo maior participação de contribuintes externos.
Integração e expansão do ecossistema
O novo modelo prevê a atuação de pequenas equipes ágeis, como Aiken e Midgard. Ao mesmo tempo, preserva a experiência e as práticas rigorosas da IOR e do grupo de métodos formais da IOG. Essa abordagem busca equilibrar velocidade de inovação com padrões de segurança, promovendo ciclos de desenvolvimento mais rápidos e maior flexibilidade.
Hoskinson destacou que a mudança deve acelerar a evolução da rede e estimular a concorrência de ideias, mesmo reconhecendo que parte da comunidade pode resistir às transformações. Segundo ele, a abertura do ecossistema representa uma oportunidade real para quem deseja contribuir ativamente para o futuro da Cardano.
Com o avanço das integrações e a nova estrutura de desenvolvimento, a expectativa é que a Cardano fortaleça sua posição no setor de criptoativos ao longo de 2025, competindo de forma mais direta com outras redes que já adotaram modelos mais dinâmicos e participativos.