A China planeja usar a tecnologia blockchain para confirmar as identidades de seus 1,4 bilhão de cidadãos, conforme anunciado pela Rede de Serviços baseada em Blockchain (BSN), a iniciativa nacional de blockchain do país.
A iniciativa, que recebeu o nome de RealDID, está sob a liderança do Ministério de Segurança Pública da China em colaboração com a BSN. O objetivo da ação é empregar a blockchain para verificação de identidade.
A introdução do serviço permite aos usuários se cadastrarem e acessarem sites sem revelar sua identidade. Isto é possível através da utilização de identificadores descentralizados (endereços DID) e chaves privadas.
O anúncio da verificação de identidade por blockchain chega logo após a China implementar uma nova regra para criadores de conteúdo em suas principais plataformas de mídia social, como WeChat, Sina Weibo, Douyin, Kuaishou, Bilibili e Xiaohongshu, por exemplo.
Verficação de identidade via blockchain na China
Se os criadores de conteúdo tiverem mais de 500.000 ou 1 milhão de seguidores, serão agora obrigados a divulgar publicamente os seus nomes verdadeiros ou os nomes daqueles que os apoiam financeiramente.
A divulgação do nome real é facilitada através da BSN (Rede de Serviços Baseada em Blockchain), que é operada pelo Centro Nacional de Informações da China em colaboração com os gigantes da tecnologia China Mobile e China UnionPay.
O país afirma que esse é o primeiro sistema de identidade descentralizado com nomes reais em nível nacional do mundo. A BSN Global faz a gestão das operações internacionais de forma independente e é considerada uma entidade separada com as suas medidas de segurança.
Embora tenha banido as criptomoedas e qualquer atividade que as envolva, como a mineração, por exemplo, a China tem uma abordagem diferente com a blockchain. O país asiático emprega a tecnologia subjacente dos criptoativos em várias iniciativas.
Além disso, a China está muito avançada na implementação de sua moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês). O país está tentando o “yuan digital” há mais de um ano em várias regiões do país.