- Polymarket cria market maker interno para negociar contra clientes.
- Iniciativa acompanha expansão nos EUA e multa de US$ 1,4 mi da CFTC.
- Volume de mercados de previsão cresce 565%, chegando a US$ 3,1 bi no 3º tri/2024.
A Polymarket está recrutando profissionais para formar uma equipe interna de market making que poderá negociar contra os próprios usuários da plataforma.
A estratégia acompanha a expansão da empresa nos Estados Unidos e ocorre após um acordo regulatório com a CFTC, que resultou em uma multa de US$ 1,4 milhão.
Contexto e funcionamento da iniciativa
A empresa tem abordado traders experientes, incluindo apostadores esportivos, para integrar a equipe interna, segundo fontes da Bloomberg.
A ideia é reforçar a liquidez e garantir operações mais consistentes, algo similar ao que já faz a concorrente Kalshi, que enfrenta críticas por supostamente definir odds em desvantagem para os clientes.
Além disso, Polymarket e Kalshi buscam participantes externos para complementar a liquidez. Empresas como a Susquehanna International Group já atuam como market makers em plataformas rivais.

O crescimento expressivo do setor de mercados de previsão, que viu um salto de 565% no volume trimestral para US$ 3,1 bilhões, torna essas iniciativas estratégicas para manter competitividade.
Impactos e percepções do mercado
A decisão de negociar contra usuários pode gerar controvérsias. Além disso, alguns especialistas apontam que desks internos de trading podem aumentar a precisão dos sinais de mercado. Brian Armstrong, CEO da Coinbase, afirmou:
“Traders com informações de qualidade geram sinais mais confiáveis, beneficiando os usuários”.
Entretanto, a prática levanta questões sobre integridade e transparência. Além disso, evidencia limites do interesse institucional em mercados de previsão, mostrando que nem todas as operações atendem aos objetivos dos usuários comuns.
Por isso, manter equilíbrio entre liquidez, crescimento e confiança se torna um desafio central para a Polymarket.
Expansão estratégica e desafios futuros
A expansão da Polymarket nos EUA e a criação do market maker interno indicam maturidade estratégica, mas também expõem desafios regulatórios e éticos.
Consequentemente, a resposta do mercado e dos usuários poderá definir o futuro da plataforma e influenciar o modelo de negócios de mercados de previsão nos próximos anos. Dessa forma, a estratégia deve equilibrar crescimento e confiança dos clientes.

