- Mike McGlone, estrategista sênior da Bloomberg, prevê queda de até 90% no preço do Bitcoin.
- BTC está em US$ 111.596, mas pode voltar aos níveis de 2020.
- Crescimento de stablecoins e excesso de criptomoedas são fatores para a projeção negativa.
O Bitcoin enfrenta um dos alertas mais sombrios dos últimos anos. Mike McGlone, estrategista sênior da Bloomberg Intelligence, prevê uma queda de até 90% no preço da maior criptomoeda, que poderia despencar dos atuais US$ 111.596 para a casa dos US$ 10 mil, nível visto pela última vez em 2020.
O lançamento do Bitcoin, durante a recessão de 2008, gerou uma proliferação de criptomoedas — hoje cerca de 20 milhões estão listadas no CoinMarketCap — e, segundo McGlone, esse excesso pode sinalizar risco de reversão para US$ 10 mil.
Por que McGlone vê risco de queda no Bitcoin
Em entrevista ao David Lin Report, McGlone foi direto:
“Acho que o Bitcoin perde um zero agora. Volta para US$ 10 mil. Isso não é algo incomum em sua história, mas para quem detém, é um impacto forte.”
Entre os fatores que sustentam sua visão, o analista citou três pontos principais. Primeiramente, a adoção crescente do Bitcoin por governos e instituições, o que, na sua avaliação, altera significativamente a dinâmica do mercado. Em segundo lugar, o avanço do mercado de stablecoins, que hoje já soma quase US$ 300 bilhões. Por fim, a proliferação de tokens digitais enfraquece a narrativa de escassez que antes sustentava a valorização do BTC.
McGlone lembrou que, em 2009, existia apenas uma criptomoeda. Hoje, o CoinMarketCap já lista quase 21 milhões de ativos digitais. “É um excesso de oferta”, afirmou.
Possíveis impactos para investidores e mercado
Na avaliação do estrategista, o Bitcoin deve ser encarado como uma commodity.
“Commodities são ótimas para negociar, mas péssimas para manter no longo prazo. Elas sobem porque caíram, e caem porque subiram.”
Essa declaração gera apreensão entre investidores que tratam o BTC como reserva de valor. Entretanto, também alimenta debates sobre a maturidade do mercado e os riscos de uma correção prolongada.
Além disso, especialistas lembram que a história do Bitcoin é marcada por ciclos intensos de valorização e quedas profundas, sempre seguidos por fases de recuperação. Portanto, o futuro dependerá da confiança dos investidores e da entrada de capital institucional.