- A Crypto.com está enfrentando críticas da comunidade cripto após reemitir 70 bilhões de tokens CRO queimados em 2021
- De acordo com ZachXBT, a Crypto.com controla a maior parte do suprimento. A reemissão dos 70 bilhões de CRO representa 70% da oferta total do ativo
- Analistas alertam que o aumento da oferta circulante pode desvalorizar o token
A Crypto.com está sendo alvo de críticas após a reemissão de 70 bilhões de tokens Cronos (CRO) que haviam sido queimados em 2021. A denúncia veio do investigador on-chain ZachXBT, que acusou a empresa de manipular a oferta do ativo, comprometendo a transparência e a descentralização da rede. A polêmica gerou preocupações entre investidores sobre o impacto dessa decisão no preço do token.
Aumento da oferta de CRO e impacto no mercado
A reemissão dos 70 bilhões de CRO representa 70% da oferta total do ativo, o que levanta suspeitas sobre o verdadeiro nível de descentralização da blockchain. De acordo com ZachXBT, a Crypto.com controla a maior parte do suprimento, permitindo mudanças estruturais sem a aprovação real da comunidade.
CRO is no different from a scam
Your team just reissued 70B CRO a week ago that was previously burned “forever” in 2021 (70% total supply) and went against the community wishes as you control majority of the supply.
Unsure why Truth would chose a partnership with your exchange… pic.twitter.com/XNlusLDdZc
— ZachXBT (@zachxbt) March 25, 2025
A movimentação ocorreu logo após a Trump Media firmar um acordo preliminar com a Crypto.com para lançar ETFs cripto nos Estados Unidos. ZachXBT questionou por que a Trump Media escolheu a exchange, em vez de optar por concorrentes como Coinbase, Kraken ou Gemini, especialmente após a polêmica sobre a governança do CRO.
Analistas alertam que o aumento da oferta circulante pode desvalorizar o token. Com isso, um crescimento repentino no número de unidades disponíveis pode afetar a mecânica de oferta e demanda do ativo.
Resposta da Crypto.com e questionamentos sobre descentralização
O CEO da Crypto.com, Kris Marszalek, justificou a decisão alegando que a medida visa impulsionar o crescimento do ecossistema e fortalecer a presença da empresa no mercado. Ele afirmou que a queima de tokens feita em 2021 foi uma ação defensiva, mas que o cenário atual exige investimentos mais agressivos.
No entanto, críticos apontam que a Crypto.com controla entre 70% e 80% do poder de voto na rede, tornando o processo de governança centralizado. Em 2021, a empresa divulgou que a queima de tokens CRO era irreversível, em uma postagem oficial que foi posteriormente excluída.
A polêmica segue sem esclarecimentos definitivos, enquanto a comunidade aguarda novos posicionamentos da Crypto.com sobre o futuro da governança do CRO e seu impacto no mercado cripto.