- Bitcoin aciona um Death Cross ao cair abaixo de US$ 94 mil pela primeira vez desde maio.
- Histórico mostra perdas curtas, mas recuperações médias de 15% a 26% após 2 a 3 meses.
- Mercado opera em “medo extremo”, enquanto ETFs e grandes carteiras ampliam vendas.
O Bitcoin confirmou um Death Cross neste domingo, após a média móvel de 50 dias cruzar abaixo da média de 200 dias.
O movimento reacendeu o debate entre analistas: estamos diante de um fundo local ou o mercado pode cair ainda mais?
O que significa o Death Cross e por que o mercado reagiu com medo
O Death Cross ocorre quando a tendência de curto prazo perde força e fica abaixo da tendência de longo prazo. Por isso, muitos operadores veem o sinal como um alerta de pressão vendedora. O BTC opera agora perto de US$ 93.646, nível que não era visto desde 5 de maio.

Além disso, o sentimento do mercado despencou. O Fear & Greed Index caiu para 10, patamar típico de pânico generalizado. A pressão aumentou com a saída de capital dos ETFs à vista e com a venda constante de grandes carteiras.
Entretanto, especialistas lembram que o Death Cross não prevê quedas garantidas. O analista Rekt Fencer afirmou:
“Muitos Death Crosses no Bitcoin marcaram fundos locais, não topos. O contexto importa mais que o cruzamento em si.”
Histórico: quedas rápidas, mas recuperações consistentes
Estudos de ciclos anteriores (2014–2025) mostram padrões relevantes:
- 1 a 3 semanas depois: retornos divididos entre ganhos e perdas.
- 2 a 3 meses depois: ganhos médios de 15% a 26%.
- 12 meses depois: resultados amplos, variando entre fortes altas e quedas profundas.

Ou seja, o curto prazo tende a ser volátil, mas o médio prazo costuma mostrar recuperação, especialmente em ciclos de alta.
O que observar agora: suportes, riscos e possíveis reações
O mercado monitora níveis críticos. Caso a pressão vendedora aumente, o próximo grande suporte está entre US$ 60 mil e US$ 70 mil. Além disso, uma recuperação rápida pode mudar totalmente o cenário.
Analistas destacam dois pontos:
- Reação em até 7 dias pode confirmar que o ciclo de alta continua.
- Ausência de reação pode abrir espaço para uma queda adicional antes de um novo rali.
O especialista Brett ressalta que a média móvel de 50 semanas ainda é o indicador mais importante para avaliar a tendência de longo prazo, acima do Death Cross diário.

Portanto, embora o sinal técnico gere cautela, o contexto macro e os dados on-chain sugerem que uma recuperação ainda é possível caso o preço volte acima da média de 200 dias.
O que esperar nos próximos dias
O Death Cross reforça um momento de fragilidade no Bitcoin. Entretanto, a história mostra que o sinal costuma anteceder recuperações relevantes em ciclos de alta. Por isso, acompanhar o comportamento do preço nos próximos dias será crucial.
Caso o BTC reaja, o mercado pode ganhar fôlego para novas altas nos próximos meses. Caso contrário, outra perna de queda poderá ocorrer antes de um movimento de recuperação mais amplo.

