- XRP sobe 9% e chega a US$ 2,27 após novos ETFs à vista.
- Franklin Templeton e Grayscale estreiam produtos regulados nos EUA.
- Acordo de US$ 125 milhões com a SEC destravou a entrada de grandes instituições.
O XRP subiu 9% em 24 horas e alcançou US$ 2,27 após Franklin Templeton e Grayscale lançarem seus ETFs à vista na NYSE Arca.
O movimento reforça o interesse institucional que cresceu depois que a Ripple encerrou, em maio, sua disputa com a SEC por meio de um acordo de US$ 125 milhões.
ETFs liberam nova onda de demanda institucional
A Franklin Templeton lançou o Franklin XRP ETF (XRPZ), que acompanha a taxa CME CF XRP-Dollar e utiliza a Coinbase Custody como custodiante. Além disso, a BNY Mellon assume a administração, o que fortalece a confiança de investidores que buscam produtos regulados.
Segundo David Mann, diretor de produtos de ETF da Franklin Templeton
“o XRPZ oferece uma forma transparente e regulada de acessar um ativo que desempenha papel central na infraestrutura global de liquidações.”
A Grayscale também estreou o Grayscale XRP Trust ETF (GXRP), que começa com taxa zero. Já a Bitwise, que lançou seu ETF uma semana antes, acumulou US$ 100 milhões em aportes. Essa sequência confirma que as gestoras aguardavam apenas segurança regulatória nos EUA para avançar com produtos ligados ao XRP.
Acordo com a SEC trouxe previsibilidade
A disputa entre a Ripple e a SEC terminou em maio de 2025 com um acordo de US$ 125 milhões — US$ 50 milhões pagos diretamente à agência e o restante liberado de contas em escrow. A resolução eliminou o maior foco de incerteza que afastava instituições.
Entretanto, os prospectos destacam riscos como volatilidade do XRP e falta de diversificação, já que os ETFs são concentrados em um único ativo.
Tecnologia do XRP atrai bancos e players globais
O XRP opera no XRP Ledger (XRPL), rede marcada por liquidações rápidas e taxas baixas. O XRPL já superou 3,3 bilhões de transações e confirma operações em três a cinco segundos, com alta eficiência energética. Por isso, o ativo se destaca como alternativa ao SWIFT e como ponte cambial em transferências internacionais.
Além disso, o aumento do open interest em futuros mostra maior presença de traders profissionais e varejo, o que reforça a liquidez no curto prazo.
Dimensões geopolíticas ampliam o debate sobre adoção
Analistas veem potencial para novos corredores de pagamento na Ásia, no Oriente Médio e na África. Entretanto, a exposição ao BRICS ocorre apenas de forma indireta, já que a China mantém políticas restritivas.
Ainda assim, debates do BRICS e estudos do BCE — como o Project Nexus — reforçam a busca por sistemas rápidos e interoperáveis. Nesse contexto, o XRPL se destaca pelo baixo custo, velocidade e eficiência.
Conclusão
O salto do XRP reflete a combinação de clareza regulatória, entrada institucional e evolução tecnológica. Além disso, os novos ETFs fortalecem a presença do ativo entre grandes investidores.
O desempenho futuro dependerá da expansão do XRPL em pagamentos globais e, portanto, do avanço de novas integrações internacionais.



