- Bitcoin caiu 3.5% e voltou a operar abaixo de US$ 110 mil.
- ETFs de Bitcoin e Ethereum registraram saídas líquidas de US$ 755 milhões.
- Queda da alavancagem e tensões entre EUA e China pesam sobre o mercado.
O Bitcoin voltou a cair nesta terça-feira (14) e chegou a ser negociado abaixo de US$ 110 mil, após uma sequência de dois dias de perdas. A principal criptomoeda do mercado acumula queda de 3% no dia, acompanhando o recuo generalizado das altcoins.
Além disso, o movimento reforça o clima de cautela que domina o mercado desde a grande liquidação do fim de semana. Por isso, traders e investidores adotam uma postura mais defensiva diante do aumento da volatilidade.
ETF e derisking reduzem o otimismo no mercado
Os ETFs de Bitcoin e Ethereum registraram saídas líquidas de US$ 755 milhões, segundo dados do SosoValue. Esse fluxo negativo acelerou a realização de lucros e reduziu o apetite por risco dos investidores institucionais.
Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, afirmou que o cenário atual mostra uma “aceleração nos resgates e redução da alavancagem”, em meio à valorização do ouro e à recuperação das ações nos Estados Unidos.
“O mercado cripto permanece em modo defensivo no curto prazo”, destacou Misir.
Além disso, os dados da DeFiLlama revelam que o open interest em derivativos caiu de US$ 26 bilhões para menos de US$ 14 bilhões, indicando forte redução da exposição alavancada.
Ao mesmo tempo, o volume semanal em DEXs atingiu US$ 177 bilhões, um novo recorde histórico — sinal de que muitos investidores migraram para operações descentralizadas durante o estresse de mercado.
Macro incerto e ETFs pressionam o Bitcoin
O Bitcoin caiu abaixo de US$ 110 mil nesta terça-feira (14). Acumulou 4% de queda em dois dias. O movimento foi impulsionado por saídas líquidas de US$ 755 milhões em ETFs de Bitcoin e Ethereum, segundo o Sosovalue.
O cenário macroeconômico também pesou. Novas tarifas de 100% dos EUA sobre produtos chineses reacenderam tensões comerciais. Isso contribuiu para a liquidação de US$ 19 a US$ 20 bilhões em posições alavancadas.
Além disso, segundo a Coinglass mais de US$ 637 milhões em liquidações longas ocorreram no dia 14, quando o Bitcoin tocou US$ 110 mil.
Derivativos defensivos e expectativa por nova demanda
No mercado de derivativos, os operadores migraram para posições de proteção, com forte compra de puts entre US$ 115 mil e US$ 95 mil. Também houve inversão de calls compradas para venda, sinalizando um sentimento baixista de curto prazo.
O próximo impulso do Bitcoin dependerá de novos fluxos à vista e de maior demanda por ETFs. Até que isso aconteça, a criptomoeda tende a permanecer lateral ou sob pressão, enquanto investidores acompanham atentamente o cenário macroeconômico e institucional.
O Bitcoin entra em uma nova fase de cautela institucional após a maior liquidação do ano e as saídas recordes de ETFs. Enquanto o ouro e as ações americanas mostram recuperação, o mercado cripto segue pressionado. Novos fluxos de investimento serão essenciais para retomar o movimento de alta.